03/10/2001 - 10:00
O garçom Antônio, do bufê contratado para o lançamento do luxuoso Audi A-4, realizado em um bar sofisticado da zona sul de São Paulo, chega perto do carrão e pergunta. “Não é para comprar, não. Mas quanto custa?” “Depende, você quer saber o preço do 2.0 ou do 3.0?”, responde um dos representantes da marca. “Este”, diz o garçom, apontando para o modelo exposto, o 3.0 de seis cilindros e 220 cavalos. “Custa R$ 140 mil”. “Era só para saber”, diz o garçom, saindo de fininho. Antônio!, preço nunca foi o forte da marca. Mesmo o modelo 2.0, quatro cilindros de 130 cv sai por salgados R$ 94.525. A fábrica garante que o carro vale cada centavo pago.
A maior novidade do novo A-4 não está aos olhos do motorista. O carro vem equipado com o novo e revolucionário câmbio multitronic. De acordo com a Audi, é o primeiro câmbio automático com engates mais rápidos e precisos do que os similares mecânicos. As trocas de marcha são feitas por um inovador sistema de correntes, que substitui as tradicionais engrenagens. O multitronic melhorou o desempenho do A-4. Ele faz de 0 a 100km/h, segundo a fábrica, em 6,9s. O mesmo tempo do similar equipado com o câmbio manual é cerca de 1,5s mais rápido do que a versão dotada do automático tradicional. No novo câmbio não se ouve aquele tique-tique comum das trocas de marcha. Como nos Fórmula 1, as trocas são feitas no volante. Só que, em vez de borboletas, botões fazem o serviço.
A Audi não se esqueceu dos tradicionalistas. Há um dispositivo que permite fazer as trocas na alavanca acoplada ao assoalho. Mas é tudo mentirinha. Ele só tem a impressão de que está no comando. O multitronic faz tudo sozinho. Assim, é um sistema à prova de barberagem. Mas o novo A-4 não é só câmbio, não. O carro foi todo reestilizado. As formas estão mais arredondadas, arrojadas. Os pára-choques, embutidos, se confundem com a carroceria. O carro cresceu em altura, largura e comprimento. O espaço para passageiros no banco traseiro, um problema do modelo antigo, melhorou. A versão mais sofisticada vem até com computador de bordo e ar-condicionado individual. O novo A-4 vem para recuperar o terreno perdido para os Mercedez Classe C e os BMW da Série 3. “Agora temos um carro capaz de nos devolver a liderança. O consumidor desse segmento é exigente, gosta de novidades”, diz o diretor executivo de marketing da Audi Senna, Leonardo Senna. O irmão do tricampeão mundial de F-1 espera vender dois mil novos A-4 até o final de 2002. Chico Silva
O criador do jargão apoiou a iniciativa da mineira. Pensador aproveitou a onda para mais uma vez tentar explicar o “mal-entendido”. “Estava me referindo a um determinado tipo de garota sem personalidade. Ela pode ser loira, ruiva, morena. Na época da música, senti que havia uma tendência de as meninas pintarem o cabelo. Mas o problema não está aí. Está na cabeça. Não tenho nada contra loiras. Até namorei algumas” justifica. Platinadas famosas entraram na brincadeira e falaram como se o clube existisse e o dia fosse realmente acontecer.