A chapa de FHC
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, tem evitado falar publicamente o que pensa a respeito da aliança governista. Não quer briga. Mas nas suas conversas reservadas aposta dez contra um como o PMDB estará fora do governo em 2002. “Eles não têm alternativa. Caíram na armadilha do Itamar (Franco, governador de Minas Gerais) quando marcaram para janeiro as prévias do partido. Agora vão ter que lançar um candidato próprio”, disse no sábado 22, durante uma reunião na casa do prefeito do Rio, César Maia. Para Bornhausen, a chapa governista para as próximas eleições já está desenhada. Será uma aliança entre o PSDB, o PFL, o PPB e o PTB. Pois é, para desespero dos tucanos, na avaliação de Bornhausen, o PSDB será obrigado a fechar uma chapa mais à direita do que nas eleições anteriores. E FHC terá ainda que reeditar as práticas heterodoxas utilizadas em 1997, quando aprovou no Congresso a emenda da reeleição. Desta vez, para tirar o PTB dos braços de Ciro Gomes. “Vamos cuidar do PTB depois que o PMDB deixar o governo”, comentou Bornhausen.

Quando os números não batem
O deputado Alexandre Cardoso (PSB) conta que seu partido encomendou uma pesquisa ao instituto Vox Populi. Ele mostra o relatório que recebeu, com um levantamento feito nos dias 29 e 30 de agosto. Os números não batem com os de outra pesquisa do mesmo instituto divulgada nos jornais, cuja apuração teria ocorrido entre os dias 30 de agosto e dois de setembro. Na pesquisa do Vox Populi para o PSB, Lula recebeu 19% dos votos espontâneos e Ciro Gomes ficou com 6%. Na que o deputado recortou de um jornal, Lula recebeu 31% e Ciro, 13%. “Não dá para acreditar que o Lula tenha pulado de 19% para 31% e que o Ciro tenha dobrado seu eleitorado em pesquisas realizadas por um mesmo instituto com dois dias de diferença”, reclama Alexandre Cardoso.

Ah, os políticos…
Oito garrotes. Foi o que o vereador Hermínio Jorge Veras pediu emprestado ao colega Jonas Vieira, também vereador da cidadezinha de Boa Viagem, interior do Ceará. Na hora de devolver, Hermínio entregou apenas sete bezerros. Disse que um deles havia morrido. Depois o político confessou ao delegado: “Vendi o bichinho.”

A velha turma
Interventor no PFL no Espírito Santo, o deputado José Carlos Fonseca jura que vai moralizar o partido. Mas começou mal. A primeira reunião para discutir os rumos da legenda teve como destaques o ex-ministro Élcio Álvares, demitido do Ministério da Defesa, e o capo da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz.

“Não conheço uma só pessoa que
vote em Roseana Sarney”

Do deputado Aloízio Mercadante (PT-SP), desconfiando
das pesquisas para a Presidência que apontam a
governadora do Maranhão em segundo lugar

Ele também quer!
Marqueteiro da campanha de Lula à Presidência, Duda Mendonça revelou, num jantar do PT, que nem sempre cobra por seus serviços: “Já fiz campanhas de graça para o José Genoino e para o Aloízio Mercadante, por exemplo.” Deixou o prefeito de Aracaju de água na boca: “Então, muito prazer! Meu nome é Marcelo Déda.”

Rápidas

As empresas aéreas estão em pânico. Descobriram que seus aviões correm sérios riscos. A infraero não fez seguro para nenhum dos aeroportos que administra no País.

Agora que quer ser eleito pelo Ceará, o ministro do Planejamento, Martus Tavares, só tem olhos para o governador Tasso Jereissati. Seu ex-amigo José Serra anda tiririca.