Uma modificação genética no cérebro dos ratos machos pode torná-los fiéis às suas fêmeas. A experiência foi realizada por cientistas da Universidade Emory, na Geórgia. Eles fizeram chegar a uma região do cérebro um gene contendo excessivo número de receptores do hormônio vasopressina. Esse hormônio estimula as partes cerebrais responsáveis pelo controle das sensações de prazer e dependência. Ao copular com a fêmea, o macho lança em seu cérebro milhares de vasopressinas. Como ele está geneticamente alterado e ganhou muitos receptores para esse hormônio, há um aumento da sensação de gratificação e de prazer, associados a essa fêmea em particular. Está condicionado a escolher sempre a mesma parceira. Essa fidelidade produzida em laboratório é reforçada porque o hormônio vasopressina também age reativando a memória. Assim, sempre que o macho depara com a fêmea que lhe foi tão gratificante, volta-lhe a sensação de prazer.