Em cochicho a Rogério Fasano, dono do sofisticado bar paulistano, o produtor e crítico musical Zuza Homem de Mello afirmou, semana passada, que a performance da cantora foi até agora a melhor estréia de seu projeto musical que apresenta talentos diversos em espetáculos intimistas. Apesar do comentário suspeito, Homem de Mello estava coberto de razão. Ná Ozzetti se encontra na supremacia profissional. Acompanhada apenas dos luxuosos violões de Kiko Moura, de Swammi Jr. e de Dante Ozzetti, seu irmão, ela desfila um repertório sutil, refinado e delicado como a sua voz. Grande parte do espetáculo é dedicada às canções do ótimo e recente álbum Show, só com músicas dos anos 30, 40 e 50. Mas a sensibilidade da cantora também arranca interpretações inesquecíveis de clássicos pop como O caderninho, antigo sucesso de Erasmo Carlos, e Doce vampiro, de Rita Lee, com direito a um sutil uivo conjunto de cordas e voz ao final. O preço de R$ 120 por pessoa é salgado. Mas a doçura de Ná compensa. (Apoenan Rodrigues)
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