O ex-terrorista italiano Cesare Battisti permaneceu sete horas na sede da Polícia Federal em São Paulo na noite da quinta-feira 12 – tempo que esteve detido até obter a liberdade por meio de liminar do Tribunal Regional Federal. Ele foi preso por ordem da juíza de Brasília Adverci Rates Mendes de Abreu: ela concorda que Battisti não pode ser extraditado para a Itália (de onde fugiu porque lá está condenado à prisão perpétua por diversos homicídios), uma vez que Lula, quando era presidente da República, determinou a sua não extradição. Ocorre, porém, que Lula também lhe concedeu a residência permanente no Brasil, e é disso que a juíza discorda: estrangeiro condenado em sua nação de origem não pode permanecer em território brasileiro. Assim, Battisti teria de ser deportado. A legislação determina que a deportação envolva países pelos quais o fugitivo passou até se fixar em um lugar. No caso de Battisti, França e México. Agora a decisão final será do STF.