O mestre em taekwondo André de Oliveira é mineiro, tem 56 anos de idade, já foi cinco vezes campeão brasileiro em artes marciais e mora atualmente nos EUA. Na semana passada ganhou na Justiça americana (em um júri de Denver, no Colorado) o direito à indenização no valor de US$ 2 milhões (cerca de R$ 5,6 milhões) por ter sido objeto de racismo – ele é negro. Além de dar aulas de luta, André trabalha numa empresa que presta serviços para o U.S Postal Service. Segundo alega, foi nessa prestadora que começou a “discriminação racial quando contrataram uma gerente que nem sequer cumprimentava os funcionários negros”. Mais: “Os brancos começaram a me chamar de preto folgado”. Juntamente com seis colegas, André recorreu à Justiça. E ganhou. O que fará com o dinheiro? “Quero dar para as minhas filhas uma vida digna”, disse ele.