NOTA 10  Gisele Bündchen acertou em modelo de seda

É de causar espanto o sucesso do balonê, aquelas saias e vestidos com volumes na barra. O fato é que a modelagem pulou das passarelas e do tapete vermelho para as ruas, mesmo representando um risco de deixar qualquer mulher parecida, literalmente, com um balão. O estouro de vendas impressiona até quem aposta na tendência há pelo menos três estações, como a estilista Andréa Marques, da grife carioca Maria Bonita Extra. "Até o balonê branco vendeu bem", diz ela, em referência a uma peça que pode ser duplamente perigosa, tanto pelo volume como pela cor, temida por engordar. "Sempre usei o balonê nas minhas coleções. Gosto do acabamento da bainha e do movimento do tecido. É uma referência que está de volta."

O segredo para a boa aceitação foi investir em versões leves, em tecidos menos encorpados, como o de seda exibido por Gisele Bündchen, no Rio de Janeiro, na festa em homenagem ao fotógrafo Mario Testino. Mas é sempre uma modelo desfilando a última tendência. A questão é como transpor o modismo para o diaa- dia. Não há como negar que o volume proposto pelos estilistas bate de frente com o desejo feminino de parecer sempre magra. Não faz sentido passar horas malhando e depois sair à noite com uma saia balonê que pode deixar qualquer mulher com aparência de muitos quilinhos a mais.A palavra-chave é equilíbrio. "Quando a saia ou o short é balonê, a parte de cima deve ser sempre mais ajustada", explica a consultora de moda Manu Carvalho, que aponta as composições erradas como o maior erro das vítimas da moda. "Nunca se deve usar blusas amplas e leggings com o balonê. Elas cortam a silhueta e podem deixar a pessoa ainda mais baixa."

DISCRETO A Maria Bonita Extra apostou em tecidos leves

Não se trata de um modismo proibido para mulheres cheias de curvas, mas pode ser um terror para as brasileiras e seus quadris largos. É óbvio que na mulher alta e magra, a modelagem fica perfeita. Então, a ordem é alongar a silhueta. Nessa hora, o melhor aliado pode ser um sapato alto, um casaco ajustado ou uma meia-calça escura. "O acessório é que dá o tom ao balonê", completa Manu Carvalho. "Com estilo próprio e atenção ao conjunto podese usar qualquer coisa." E um último alerta: o balonê da moda não é aquele de brechó ou dos anos 80, que está guardado no fundo do armário. O balonê dos anos 2000 é discreto, em cores escuras e quase imperceptível.

INFLADO – O microbalonê da Sommer é para as bem magrinhas