28/02/2001 - 10:00
Aquela cinturinha de pilão, que dá a forma de violão ao corpo feminino, está voltando à moda. Depois de um longo reinado da silhueta quadrada, engessada por muita malhação, as mulheres estão de olho em uma modalidade de lipoaspiração que retira não somente a indesejável saliência da barriga, mas também o excesso de gordura das costas e dos flancos laterais. Nos consultórios, a procura por esse tipo de lipo é grande. “Chego a operar cerca de 20 mulheres por mês”, diz o cirurgião plástico carioca Marcelo Daher.
Na cirurgia, o médico pode reduzir cerca de 3,5 centímetros de cada lado da cintura. “É o tipo da aspiração que proporciona uma silhueta difícil de adquirir só com ginástica”, observa o cirurgião Ivo Pitanguy. “Os resultados são muito melhores com a operação”, acrescenta o cirurgião plástico Paulo Müller.
O método usado pela maioria dos cirurgiões plásticos é o da hidrolipoaspiração, que consiste na injeção de um líquido no local a ser aspirado para reduzir o volume de sangue que sai junto com a gordura. “Esse líquido comprime os vasos, evitando muito sangramento”, explica Daher. O resto não difere das lipoaspirações comuns: na área desejada, é feita a introdução de uma cânula de três milímetros, ligada a um aparelho de vácuo, que faz a sucção da gordura. Como a anestesia é peridural, o paciente volta a ter sensibilidade em até oito horas após a operação. Esse tipo de cirurgia custa entre R$ 6 mil e R$ 8 mil e demora cerca de duas horas e meia. O repouso é de duas semanas, mas, em geral, depois de três dias já há melhora do estado geral. Vida normal, sem manchas roxas, após um mês.
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Tatiana tirou três litros de gordura da cintura, emagreceu sete quilos e voltou a abusar dos biquínis |
Tatiana Blandy de Oliveira, carioca de 20 anos, por exemplo, se submeteu à lipo da cintura no início de dezembro e está sem nenhum vestígio da operação. Foram sugados três litros de gordura de sua cintura, o suficiente para fazer seu manequim baixar de 42 para 36. “Secou tudo”, resume. Entusiasmada com o corpinho violão que adquiriu, aproveitou para fechar a boca, e o saldo foram sete quilos a menos. Agora, Tatiana voltou a frequentar a praia e virou freguesa dos mais ousados biquínis.
Muitas mulheres estão aproveitando para fazer uma verdadeira remodelação. Afinal, além do sonho de uma cinturinha mais fina, várias passam a vida fazendo abdominais, mas não conseguem se livrar da desagradável curva na altura do abdome. É o caso de Camila Ohana Marques, carioca de 22 anos. Ela fez lipoaspiração nas laterais da cintura, nas costas e na barriga. “Deu até uma levantada no bumbum”, festeja. Para uma cirurgia com resultados tão satisfatórios, o sofrimento não é dos maiores. Camila passou os primeiros dois dias de cama e depois voltou a andar. Ficou um mês usando cinta até voltar à vida normal. “Perdi dez centímetros de cintura e fiquei muito feliz”, completa.