21/03/2001 - 10:00
Durante quase cinco horas da terça-feira 13, o procurador Luiz Francisco de Souza respondeu às perguntas dos membros da Comissão de Ética do Senado sobre o encontro de Antônio Carlos Magalhães com representantes do Ministério Público. Seu depoimento veio depois dos testemunhos dos jornalistas Andrei Meireles, Mário Simas Filho e Mino Pedrosa, de ISTOÉ, autores da série de reportagens sobre o momentoso fato. De maneira insofismável, o procurador reafirmou à comissão presidida com enérgica sabedoria pelo senador Ramez Tebet tudo o que foi publicado nas três últimas edições da revista. Ou seja: 1) o encontro entre ACM, seu assessor e os procuradores Luiz Francisco, Guilherme Schelb e Eliana Torelly realmente aconteceu, foi por ele gravado e reproduzido com fidelidade por ISTOÉ; 2) ACM disse, sim, que, uma vez quebrado o sigilo de Eduardo Jorge, se chegaria ao presidente da República; e 3) o senador falastrão também confirmou ter a lista que comprova como votaram seus colegas na sessão secreta que cassou Luiz Estevão.
A partir destes depoimentos, a situação de ACM piorou bastante. O procurador, que passou um bom tempo sendo injustamente ridicularizado por alguns, transmitiu total credibilidade ao plenário e foi, à sua peculiar maneira, bastante convincente. Luiz Francisco de Souza com certeza terá o reconhecimento histórico pela seriedade e perseverança de seu trabalho no Ministério Público, regido por uma eclesiástica submissão à verdade.