21/03/2001 - 10:00
Renato Velasco |
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A cidade conservou o padrão arquitetônico do século XIX |
A temporada começou em dezembro e, se o tempo no Hemisfério Norte ajudar — ou seja, se o frio continuar —, a diversão só vai terminar em abril. Brasileiros que já estiveram em Aspen, Vail e outras estações de ski no Colorado, Estados Unidos, estão descobrindo agora a pacata Crested Butte. A cidade fica a 2.800 metros de altitude, tem 1.500 habitantes (oito mil ovelhas, 303 cães), temperatura média de 0º C e está localizada a 400 km de Denver (ou 30 minutos de carro do aeroporto mais próximo, Gunnison). Seu maior trunfo está no fato de ter conservado o charmoso padrão arquitetônico do século XIX, o que faz com que o turista se sinta num filme de faroeste.
Dois quilômetros morro acima encontra-se o complexo turístico de Crested Butte, com dezenas de hotéis, chalés e 85 pistas de esqui. Quem conta com uma das melhores infra-estruturas da região é o village do Club Med, inaugurado em dezembro. Depois de uma reforma de US$ 20 milhões, o Med abriu as portas em grande estilo, oferecendo conforto sem salgar demais a conta. O village vem recebendo cerca de 250 brasileiros por semana. Os vôos partem de São Paulo, Rio e Belo Horizonte.
Renato Velasco |
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Complexo turístico inclui dezenas de hotéis, chalés e 85 pistas de esqui |
Além de amplos apartamentos, restaurantes e bares, o village tem aquelas instalações básicas e sempre úteis para quem não pensa em esquiar 24 horas por dia: academia de ginástica, sauna, piscina e salão de jogos. Para a felicidade geral dos adultos, conta também com um clube exclusivo para a criançada. Os profissionais que trabalham no Med são denominados “gentis empregados” (nos EUA, 99% dos GEs são mexicanos) e “gentis organizadores” (GOs). Entre estes, boa parte é formada por brasileiros.
Como nos outros 116 villages do Club Med, o de Crested Butte tem algumas particularidades. O clube é colado na montanha, o que permite que se chegue e saia literalmente esquiando. Há pistas para todos os níveis de esquiadores, do mais básico ao profissional, e alguns dos 14 teleféricos ficam bem próximos ao clube. “O complexo foi bem dimensionado”, observa Janyck Daudet, diretor-presidente do Clube Med para a América do Sul.
Com exceção das excursões, quase tudo no Med está incluído no preço do pacote: bilhete aéreo, sete noites de hospedagem, três refeições diárias com bebidas (não alcoólicas), transfers, passe de ski para seis dias, aulas de ski (ou snowboard) em tempo integral para todos os níveis durante cinco dias e acesso ao miniclube para as crianças. Os equipamentos de esqui podem ser alugados no próprio clube. Os instrutores são atenciosos e têm sempre uma palavra otimista para estimular o mais desajeitado dos iniciantes. Como é final de temporada, o preço do pacote, em torno de US$ 2.300 por pessoa, baixa para cerca de US$ 1.700. Para quem gosta de esportes na neve, um prato cheio. E bem temperado.