20/09/2000 - 10:00
Cirurgia na vitrine
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AP |
Os palpites vieram de longe, pela internet. Numa sala de cirurgia do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, estava o brasileiro Anuar Ibrahim Mitre, que comandou o bisturi. Seu auxiliar foi o papa americano da urologia, Louis Kavoussi, que no Hospital John Hopkins, em Baltimore, controlou o robô de US$ 100 mil equipado com microcâmera introduzida no abdome do paciente. Usando um PC conectado à internet por linha telefônica de alta velocidade, Kavoussi coordenou a iluminação, a câmera e a força do bisturi elétrico. Aos médicos brasileiros coube manusear os instrumentos cirúrgicos. “Foi só uma demonstração. O Brasil ainda não tem os equipamentos para esse tipo de cirurgia”, diz Mitre, que devolveu o maquinário aos EUA depois da operação.
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Razões da emoção
Freud morreria de inveja. Usando uma sequência de exames de tomografia do cérebro (PET), o neurologista luso-americano António Damásio determinou quais reações cerebrais são desencadeadas por estados emocionais distintos. O pesquisador investigou imagens do cérebro de 41 pessoas. A todas, pediu que lembrassem de episódios de sua vida marcados por sensações de tristeza, alegria, raiva e medo. O estudo, publicado na edição de outubro da revista científica Nature Neuroscience, revela que as alterações neurais precedem a manifestação dos sentimentos. Da mesma forma, certas emoções desencadeiam mudanças cerebrais que mudam a química do organismo e podem se repetir a ponto de causar reações físicas.
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Qual é a música?
Ouvir rádio é uma das melhores formas de ampliar o repertório musical. O problema é descobrir o nome, a banda e o compositor da canção no momento em que ela é ouvida. Pois os americanos encontraram uma solução. A eMarker.com, empresa do grupo japonês Sony, lançou um serviço gratuito nos EUA que dá mais informações pela internet sobre a música desejada. Basta apertar o botão de um chaveiro especial, que custa US$ 20, quando a canção tocar no rádio. Depois é só plugar o chaveiro a um computador conectado à internet. Graças a acordos feitos com emissoras de rádio das principais cidades americanas, o aparelho identifica a música tocada na hora marcada.
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Transgênico na prateleira
A organização ambientalista Greenpeace divulgou nova lista de produtos encontrados em São Paulo com grãos geneticamente modificados. O laboratório suíço Interlabor deu sinal vermelho para o sopão de galinha Knorr, a canja Pokemón da Arisco, o Ovomaltine cereais e fibras e a mistura para bolo de chocolate Sadia. Detectou-se ora soja resistente ao inseticida da Monsanto, ora milho transgênico da Novartis. No rótulo, nenhuma menção. A Knorr é reincidente. Em junho, usou transgênicos na sopa de milho verde.