Max G Pinto
Adriane: boa performance ao amarrar uma miscelânea de assuntos

De microfone em punho, dançando, agitando os braços e indo de um lado para o outro do amplo estúdio decorado com amplos painéis de Andy Warhol e Jasper Johns, a modelo e apresentadora Adriane Galisteu ignora os limites incômodos de seu salto agulha. Aos 27 anos, ela exibe uma inegável segurança em frente às câmeras e no trato com o auditório, embora reconheça, com razão, que tem muito a aprender. “Estou numa fase profissional muito boa”, exulta. Na Rede TV! há dez meses, mesmo tempo de existência da emissora, ela tem fustigado os adversários na faixa das 22h, em que chega a ocupar um honroso terceiro lugar, atrás apenas do SBT e da Rede Globo. Seu Superpop faz jus ao nome e, segundo pesquisas, cativa principalmente mulheres entre 25 e 40 anos. Desde o início do ano, o programa atinge picos de nove e oito pontos e médias de quatro. São índices ainda modestos, mas significativos para a Rede TV!, que tem alcançado números semelhantes com os programas Gabi, TV fama, Te vi na tv e Perfil 2000.

Exceto a parte de serviços, Superpop, na verdade, não apresenta grandes inovações. Mostra quase tudo o que o programa de Hebe Camargo apresenta. A diferença é a roupagem mais jovem, com tons explicitamente inspirados na cultura pop. O DJ Zé Pedro, por exemplo, com seu vestuário extravagante e referências aos anos 70, é o ponto máximo deste mix divertido. Adriane amarra bem a miscelânea de assuntos e sua boa performance começa a chamar a atenção. Semana passada correu o boato de que estaria se mudando para a Rede Record. “Nunca cheguei a conversar com ninguém, é tudo meio virtual, mas tudo pode acontecer”, diz. A emissora do bispo nega. Determinada, Adriane Galisteu anuncia: “Vim para brigar.” É bom acreditar.