13/09/2000 - 10:00
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Os funcionários do provedor Super11.net, um dos primeiros a oferecer acesso gratuito no Brasil, foram pegos de surpresa. Na segunda-feira 11, quando chegaram para trabalhar, seus crachás foram rejeitados pelas catracas do edifício onde fica a sede da empresa, em São Paulo. Um comunicado deixado na portaria avisava que o provedor encerraria suas atividades. Os 85 empregados e 25 colaboradores só puderam entrar no prédio para pegar seus pertences pessoais. Ainda assim, em grupos de três e acompanhados por seguranças.
Fundado em janeiro, o provedor recebeu um aporte de US$ 9 milhões da família Safra. Entre abril e maio, os sócios negociaram com o grupo europeu Europ@web, que ofereceu US$ 30 milhões em troca de ações. O negócio estava quase fechado, mas os sócios resolveram tentar uma fusão com o Grátis1, provedor de acesso gratuito da StarMedia. O acordo naufragou, assim como todas as tentativas de conseguir capital. Calcula-se que as dívidas do Super11.net, principalmente com operadoras de telefonia, superam US$ 9 milhões. A situação só se resolveu na quarta-feira 13. “Fechamos um bom acordo com o iG”, diz Nagib Mimassi, um dos fundadores. Sem revelar valores, ele afirma que a parceria resolverá os problemas financeiros. Os 800 mil usuários do Super11.net serão atendidos pelo iG. Apesar do susto, o baque do Super11 era esperado. “Outras empresas de internet vão fechar as portas ou fazer fusões para sobreviver”, afirma Mario Fleck, presidente da consultoria Andersen Consulting.