Quando pisou pela primeira vez há 15 anos o austero Convento das Irmãs de Notre Dame, em Minnesota, o desconhecido pesquisador americano David Snowdon pensava como um burocrata da ciência: queria escrever qualquer projeto, desde que fosse bem simples, apenas para assegurar seu emprego na Universidade do Kentucky. O tempo passou. E algumas freiras foram se tornando dementes. Agora, o nome de Snowdon está estampado nas principais publicações científicas dos EUA e em reportagens de capa da revista Time e do jornal The New York Times. Ele é o principal responsável pelo The Nun Study (O estudo das freiras), a mais avançada pesquisa sobre a mais misteriosa enfermidade do cérebro – o mal de Alzheimer, doença degenerativa que sela o destino do paciente com um estado demencial e ameaça acometer 14 milhões de americanos até 2050.