Há alguns meses o governo de Israel e autoridades da organização palestina Hamas acenaram ao mundo com a possibilidade de resolverem pacificamente os seus conflitos históricos. Na semana passada se viu a maior operação militar israelense desde 2012, com bombardeios aéreos à Faixa de Gaza e a iminência de invasão por terra diante da convocação de 50 mil reservistas. Nesse mesmo dia os palestinos contabilizavam cerca de 140 mortos. Em Israel, os foguetes sírios do Hamas, embora sem a precisão de alvo dos mísseis israelenses, cobriam distâncias cada vez maiores, chegando a atingir pontos a 100 quilômetros de Gaza – e obrigando 4,5 milhões de israelenses (dois terços da população do país) a se refugiarem em abrigos antiaéreos. O estopim da guerra se deu no mês passado com o sequestro e a morte de três adolescentes israelenses praticados pelo movimento Jihad Islâmico. Israel respondeu na mesma moeda, sequestrando e assassinando um jovem palestino.