O mico do PFL
No próximo dia 29, vai ao ar o programa do PFL no horário obrigatório dos partidos na TV. O problema é que ele se tornou um mico nas mãos da cúpula pefelista depois que a Unicamp comprovou a violação do painel eletrônico do Senado. É que o programa já está estruturado em blocos, com um deles tratando do Fundo de Pobreza, cujo projeto original foi apresentado por Antônio Carlos Magalhães. ACM foi convidado para posar como estrela desse bloco, ao lado do relator do projeto, o deputado e hoje ministro da Previdência, Roberto Brant. Agora, com o escândalo do painel eletrônico, a cúpula do PFL notou que será um constrangimento para a legenda apresentar um senador ameaçado de cassação como uma de suas principais estrelas. Pior: como esse senador está em guerra aberta com o governo, também será um constrangimento para o ministro de Fernando Henrique posar a seu lado. Mas, como ninguém no partido tem coragem de propor que o velho cacique baiano saia do ar, o jeito é engolir em seco.

O mico do PSDB
Os tucanos também prepararam seu programa para o horário partidário obrigatório da tevê. Foram aconselhados pelo marqueteiro Paulo Tarso Santos a centrar em torno do tema da ética na política. Mas até quinta-feira 20, não sabiam o que fazer com a acusação de que sua principal estrela no DF, o senador José Roberto Arruda, é um dos envolvidos na violação do painel.

O mico do PMDB
Essa eles não falam. Só sussurram. Mas um grupo de peso na cúpula do partido anda pensando em rachar com o presidente do Senado, Jader Barbalho. Não é só por coincidência que todos eles têm hoje mais laços com o Palácio do Planalto. Tratam-se do assessor especial da Presidência, Moreira Franco, do ministro Eliseu Padilha, do líder do partido na Câmara, Geddel Vieira Lima, e do ex-presidente da Câmara, Michel Temer.

“A cruz que José Carlos Gratz carrega é pesada e injusta”
Do ex-ministro Élcio Álvares, em defesa do presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, indiciado pela CPI do Narcotráfico.

O mico do PT
Desde que o presidente do PT, José Dirceu, declarou que “é muito fácil posar de bom moço”, o partido abandonou o bom-mocismo. Os vereadores do PT de Fortaleza resolveram apoiar o projeto que estabelece auxílio-paletó para os parlamentares locais, espécie de 13º e 14º salários.

Adulação perigosa
Já que o ministro Paulo Renato está em campanha para presidente da República, o governador do Espírito Santo, José Ignácio, resolveu ser o primeiro a colocar a faixa no seu candidato. Na foto, um dos outdoors que ele espalhou por Vitória durante a visita de Paulo Renato ao Estado, no último final de semana. Detalhe: a peça é assinada pela Secretaria de Educação, mas a legislação impede propaganda pessoal com verbas públicas.

Rápidas

João Alberto Lima da Rosa, dono da Aja, é o próximo nome que a PF vai investigar no escândalo Sudam. Ele é sócio de Alberto Curi Júnior, que, segundo a PF, seria sócio do maior doleiro de Brasília.

O prefeito de Sobral, Cid Gomes, o irmão do presidenciável Ciro Gomes, lançou sua candidatura a governador pelo PPS do Ceará. Pode ser o início do rompimento com Tasso Jereissati.

O governador do Rio, Anthony Garotinho, convidou o ex-prefeito da capital Luiz Paulo Conde para entrar no PSB. No passeio por Brasília, Conde viu que não tem mais lugar no PFL.