10/05/2000 - 10:00
Andrea Bréa estava vencendo a sua luta contra a Aids, mas foi derrotada por uma doença muito mais cruel: o preconceito. Em 1993, quando soube que contraíra o vírus, resolveu tornar pública a má notícia e, a partir daquele momento, sua vida não foi mais a mesma. E não pelos estragos que o vírus poderia causar a sua saúde. Contra isso ela tinha a medicina como aliada. Mas o seu sistema de defesa não conseguiu impedir os danos do vírus do preconceito. Aos poucos, foi sendo abandonada pelos amigos e discriminada profissionalmente. Pouca gente a visitava, pouco mais de 50 pessoas foram ao seu enterro. Sandra acabou morrendo de câncer no pulmão. A Aids, o preconceito e o drama de Sandra Bréa estão na reportagem que começa na pág. 122.
Discriminação também é um assunto abordado na entrevista do novo presidente do Tribunal Regional Federal, o desembargador Fernando da Costa Tourinho. Entre outros temas polêmicos, ele falou ao jornalista Leonel Rocha, da sucursal de Brasília, sobre corrupção e nepotismo no Judiciário, a relação entre os poderes e a função da Justiça. A Justiça, afirma Tourinho, faz parte da minoria detentora do poder e deve optar pela defesa das maiorias. Sua entrevista começa na pág. 34.