A sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados tinha tudo para ser tranquila na quarta-feira, 21, o que estava em jogo era a aprovação da Lei da Palmada, que quer coibir a ação de pais que impingem a seus filhos castigos com sofrimentos físicos graves. A bancada evangélica discordava inicialmente alegando que o Estado não pode interferir no direito que os pais têm de educar seus filhos, mas anuiu quando ficou claro que a lei se referia a “métodos de tortura e tratamento humilhante”. A Lei da Palmada foi então aprovada e segue para votação no Senado. O tumulto foi graças ao deputado Pastor Eurico (PSB-PE). Ele ofendeu Xuxa Meneghel, que estava sentada à mesa da comissão, ao dizer que a apresentadora cometera violência contra crianças ao participar de “um filme pornô” na década de 1980 (“Amor Estanho Amor” no qual contracena com um menino de 12 anos). O PSB foi mais duro: destituiu o Pastor Eurico da comissão.