O carioca Matheus de Souza Barra Teixeira, nove anos, leva uma vida como qualquer garoto da sua idade. Ou quase. Escola é o dia inteiro, e não um período. Bicho de estimação? Tem. Um cachorro, um gato e duas iguanas. Brincadeiras, sim. Mas de vez em quando ele comparece a um lançamento de livro, evento um tanto atípico para alguém tão novo. Não para Matheus, o escritor mais jovem do mundo, título conferido pelo Guinness World Records que faz todos os anos o famoso livro dos recordes. O menino entrou para a edição 2007 do livro por ter publicado A Ilha dos Dragões (Global Editora), uma ficção infantil que elaborou – e ditou para a mãe transcrever – com cinco anos e colocou no mercado em outubro de 2003, aos seis anos e 160 dias de vida. Matheus ainda não tem certeza se quer seguir a carreira no futuro. “Não decidi. Só tenho nove anos”, explica. Seu DNA, porém, fornece pistas de que a literatura pode ser seu destino. Ele é bisneto de Cecília Meireles.

Foi o pai de Matheus, o advogado Alexandre Carlos Teixeira, que submeteu
A ilha ao Guinness. Em 2003 ele enviou o pedido para análise do caso. Tempos depois, veio uma resposta com a solicitação de documentos, cópia do livro e
da certidão de nascimento de Matheus. “Um dia, chegou em casa um envelope grande, dos Estados Unidos, com o certificado. Na ocasião, o Matheus gostou
muito. Agora, está resistente em escrever outro livro”, conta Vânia Barra, a mãe.
Na verdade, ele já tem duas histórias: sobre um guepardo que vai para a cidade
e as aventuras de um garoto capaz de se transformar em dinossauros. O primeiro está concluído, mas Matheus não quer publicá-lo porque julga que precisa ser melhorado. É exigente o menino.