Morreu na Itália na segunda-feira 20, o maestro Claudio Abbado. Tinha 80 anos e deixa uma biografia extremamente rica em erudição e talento – e também em humanidade. Tornou-se mundialmente famoso ao reger em 1967 uma sinfonia de Gustav Mahler com a Filarmônica de Viena e, em seguida, gravar com os selos Deutsche Grammophon e Decca, duas grifes da música clássica. Abbado esteve à frente das melhores instituições de concerto, entre elas o Teatro Scala de Milão e a Filarmônica de Berlim. Como voluntário, ele se dedicava a ensinar música a crianças pobres, atuou sem remuneração com a Orquestra Simón Bolívar, da Venezuela, e sempre doou parte de seu salário a instituições beneficentes. Foi um exímio maestro da música e da alma humana.