Não é exagero dizer que o mundo (ou, pelo menos, a música) não seria o mesmo se o cientista suíço Albert Hofmann não tivesse descoberto por acaso, em 1943, uma substância chamada dietilamida do ácido lisérgico, o famoso alucinógeno LSD. Ele fazia experimentos em busca de medicamentos para doenças circulatórias e respiratórias quando começou a se sentir zonzo após entrar em contato com a substância. Três dias depois, aumentou a dose e sentiu, em suas palavras, “toda a expansão de consciência proporcionada pelo remédio”. Hofmann percebeu que os efeitos alucinógenos poderiam ser usados, sob controle, para tratamento de transtornos mentais. O laboratório em que trabalhava, o Sandoz, patenteou a droga. Ela foi ministrada por médicos até 1966, quando acabou sendo proibida nos EUA. Desde então, o cientista travou uma batalha em defesa do LSD, criticando o consumo recreativo da droga que descobrira. Ele morreu de infarto, na terça-feira 29, aos 102 anos.