O inédito título mundial conquistado na Sérvia pelo handebol feminino representou a maior façanha do esporte brasileiro em 2013 e confirma uma velha tese: com planejamento, os resultados aparecem. Contratado em 2009 para tornar o Brasil uma das três melhores seleções do mundo até 2016, o técnico dinamarquês Morten Soubak antecipou a meta em quatro anos. Mais: fez isso em um País que possui uma liga nacional formada por apenas oito times (na Dinamarca, um dos centros mundiais desse esporte, contam-se mais de 300 equipes). Com a conquista, o cenário tende a melhorar. No dia 8 de janeiro, uma reunião no Ministério dos Esportes, em Brasília, definirá os novos valores de patrocínio para a modalidade. O presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Luiz Oliveira, quer dobrar os valores. “O handebol é o esporte olímpico que recebe menos recursos”, diz ele. “São apenas R$ 23 milhões por ano.”