O ator Peter O’Toole morreu no domingo 15 em Londres aos 81 anos. Foi um dos melhores astros que já pisaram em Hollywood. Recebeu ao longo da carreira oito indicações ao Oscar, mas não levou nenhum para casa – em 2003 lhe concederam um prêmio, tipo consolação, ao qual O’Toole sempre se referiu como sendo mais uma humilhação, menos um reconhecimento: deram-lhe um Oscar honorário. O grande e inesquecível astro de filmes como “Lawrence da Arábia” (1962), “A Classe Governante” (1972) e “Vênus” (2006), entre outros, tinha tanta certeza de que ganharia a estatueta que, antes de o nome do vencedor acabar de ser anunciado, ele já estava se levantando da poltrona para ir ao palco. Foi mais aplaudido do que o vencedor (Forest Whitaker). O’Toole é o maior exemplo de que ganhar o Oscar não mantém relação direta com o talento. Em 2011 ele deu uma declaração marcante e nunca mais atuou: “A paixão de representar não está mais em meu coração.”