O empresário Eugênio Staub decidiu abrir o guarda-chuva da sua Gradiente. Na semana passada, ficou conhecido um plano de reorganização societária das atividades do grupo eletroeletrônico. O projeto, que vem sendo desenhado desde janeiro do ano passado, será concluído até o final do ano com o objetivo de dar maior transparência às atividades do grupo. A idéia é criar quatro empresas independentes – com operações nas áreas de telecomunicações, entretenimento, equipamentos eletrônicos de segurança e aparelhos de áudio e vídeo – ligadas a uma holding. "Não pretendemos vender nenhuma delas", declara Staub. "Mas esse modelo facilitará a gestão e o desenvolvimento de novas parcerias." Na realidade, esse tipo de modelo de administração já acontece na empresa NGI, uma joint-venture com a finlandesa Nokia existente na Zona Franca de Manaus. É nela que a Gradiente colhe a maior parte dos seus lucros desde que a procura por aparelhos celulares explodiu, colaborando para a reversão dos prejuízos da companhia – acumulados em R$ 127 milhões no primeiro semestre – depois da queda nas vendas de televisores.