25/01/2006 - 10:00
São raras as coisas no mundo que resistem por mais de quatro séculos e meio aos efeitos da contradição humana e ainda arrumam forças para crescer e ser amadas. São Paulo – 452 anos no próximo dia 25 –é uma delas. As festas por mais um ano de elegante resistência irão da sexta-feira 20 ao domingo 29, em vários pontos da cidade. No dia do aniversário, Paulinho da Viola, Naná Vasconcelos e Cordel do Fogo Encantado serão as estrelas de um megashow no Parque da Independência, na zona sul. Leia as “declarações de amor” à metrópole feitas por várias personalidades.
Dimensões de um gigante
11 milhões de habitantes, 500 mil a mais do que Portugal e três vezes a população do Uruguai 4,17 milhões de veículos R$ 146,9 bi de PIB, cerca de 10% do total da União
Amo São Paulo porque…
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Leona Cavalli, atriz
“Aqui há lugares como
o Museu do Ipiranga, que mantém acesa a chama da libertação e da independência nacional”
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Silvio de Abreu, novelista
“É linda e feia; agradável e insuportável; aconchegante e inóspita. Mistura raças e credos, tem cultura borbulhante e cozinha estupenda. É cheia de histórias…”
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Marília Gabriela, jornalista
“Meus vivos e meus mortos, até os metafóricos, cabem todos em suas fronteiras. Amo essa cidade por sua arquitetura humana, mas também por minha total indisposição em criticá-la ”
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Tânia Kalil, atriz
“É uma loucura, infinita e encantadora"
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Tomie Ohtake,
artista plástica
“Ela é cosmopolita e cria conexões com o mundo impossíveis em outras terras. Assim como é preciso tempo para construir relações profundas, São Paulo ergue sua beleza, contida, mas intensa”
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Marcelo Rubens Paiva, escritor
“É um lugar de extremos, que não pára nunca e onde aprendo todos os dias”
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João Gordo, apresentador
“Nasci aqui e não vivo sem este caos. Sei que as
coisas não vão bem e tendem a piorar, mas não saio
daqui nem f…”
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Sig Bergamin, arquiteto
“Ela pode ser caótica e bucólica. Acordo com pássaros cantando e depois enfrento o trânsito. Também fascina pelas opções. Posso sair todas as noites ou viver como um caramujo”
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Supla, cantor
“Repito meus versos na música São Paulo: para a violência, peço clemência e para o trânsito, paciência…
A night de SP não tem igual
”