Torben Grael, Robert Scheidt, Rodrigo Pessoa, Adriana Behar e Shelda; Zé Marco, Ricardo, Claudinei Quirino e Gustavo Küerten; Xuxa e Maurren Maggi. Parece escalação de futebol, mas esses 11 superatletas nunca fizeram a bola rolar nos gramados. São estrelas da vela, hipismo, vôlei de praia, atletismo, tênis e natação. E formam um belo time, capaz de dar ao país do futebol, a partir do dia 15 de setembro, nas Olimpíadas de Sydney, a alegria que a Seleção Brasileira vem sonegando com suas pífias atuações nas Eliminatórias da Copa de 2002. Eles integram a delegação de 204 atletas selecionados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em 24 esportes para disputar os últimos Jogos do século e tentar superar o desempenho nas Olimpíadas de Atlanta (EUA), em 1996, quando o Brasil ganhou 15 medalhas – 3 de ouro, 3 de prata e 9 de bronze. Uma análise cautelosa indica que isso será difícil. Mas as chances de subir no ranking olímpico com mais medalhas de ouro são grandes. Até mesmo o futebol – o olímpico, com jogadores até 23 anos, e não o time milionário goleado por 3 a 0 pelo Chile na terça-feira 15, em Santiago – pode conquistar a inédita medalha de ouro na modalidade.

A avaliação mostra que o Brasil pode ganhar 12 medalhas, seis delas de ouro. Além deste primeiro time, 11 atletas ou equipes desembarcam na Austrália com alguma possibilidade de chegar ao pódio. Os brasileiros favoritos são a dupla de iatistas Torben Grael e Marcelo Ferreira, da classe Star, o velejador Robert Scheidt, da classe Laser, o cavaleiro Rodrigo Pessoa, as duplas do vôlei de praia Zé Marco e Ricardo e Shelda e Adriana Behar, e a seleção olímpica de futebol. Torben e Marcelo chegam a Sydney como os atuais campeões olímpicos de Star, uma das classes mais difíceis do iatismo. Um dos maiores estrategistas em regatas, Torben, de uma família de Niterói dedicada à vela, espera levar seu barco Vida bandida (homenagem à música de Lobão) à vitória, conquistando assim sua quarta medalha olímpica. A raia da Baía de Sydney, com ventos variáveis, é sua conhecida. Ano passado, ele terminou em segundo lugar na regata Pré-Olímpica e foi apresentado aos segredos do mar australiano. “Velejar envolve fatores imponderáveis, como o vento, mar e o próprio barco. Em Sydney, há um detalhe a nosso favor: os ventos são parecidos aos da Baía de Guanabara, onde aprendi a velejar”, explica Torben a ISTOÉ.

Favorito – O paulistano Robert Scheidt, quatro vezes campeão mundial de Laser e medalha de ouro em Atlanta, tem tudo para repetir o feito na Baía de Sydney. Seus principais adversários são o australiano Michael Blackburn e o inglês Ben Aislie. Nove em cada dez especialistas do esporte apostam que os três deverão formar o pódio em Sydney, com vantagem para Scheidt, que tem chegado na frente dos dois nas competições internacionais. “Na minha classe, a briga pelas medalhas vai ficar entre cinco velejadores, no máximo. Espero repetir o resultado das últimas provas”, diz Scheidt. Fora da água estão outras chances concretas de ouro. O cavaleiro Rodrigo Pessoa, tricampeão mundial de hipismo, imbatível em competições internacionais há quase três anos, tentará com seu cavalo Audi Baloubet ganhar a medalha de ouro que lhe escapou em Atlanta. Mais experiente, Rodrigo confia que seu cavalo, considerado o melhor do mundo e avaliado em pelo menos US$ 5 milhões, está pronto para repetir na Austrália as impecáveis atuações recentes.

Torben Grael, Robert Scheidt, Rodrigo Pessoa, Adriana Behar e Shelda; Zé Marco, Ricardo, Claudinei Quirino e Gustavo Küerten; Xuxa e Maurren Maggi. Parece escalação de futebol, mas esses 11 superatletas nunca fizeram a bola rolar nos gramados. São estrelas da vela, hipismo, vôlei de praia, atletismo, tênis e natação. E formam um belo time, capaz de dar ao país do futebol, a partir do dia 15 de setembro, nas Olimpíadas de Sydney, a alegria que a Seleção Brasileira vem sonegando com suas pífias atuações nas Eliminatórias da Copa de 2002. Eles integram a delegação de 204 atletas selecionados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em 24 esportes para disputar os últimos Jogos do século e tentar superar o desempenho nas Olimpíadas de Atlanta (EUA), em 1996, quando o Brasil ganhou 15 medalhas – 3 de ouro, 3 de prata e 9 de bronze. Uma análise cautelosa indica que isso será difícil. Mas as chances de subir no ranking olímpico com mais medalhas de ouro são grandes. Até mesmo o futebol – o olímpico, com jogadores até 23 anos, e não o time milionário goleado por 3 a 0 pelo Chile na terça-feira 15, em Santiago – pode conquistar a inédita medalha de ouro na modalidade.

A avaliação mostra que o Brasil pode ganhar 12 medalhas, seis delas de ouro. Além deste primeiro time, 11 atletas ou equipes desembarcam na Austrália com alguma possibilidade de chegar ao pódio. Os brasileiros favoritos são a dupla de iatistas Torben Grael e Marcelo Ferreira, da classe Star, o velejador Robert Scheidt, da classe Laser, o cavaleiro Rodrigo Pessoa, as duplas do vôlei de praia Zé Marco e Ricardo e Shelda e Adriana Behar, e a seleção olímpica de futebol. Torben e Marcelo chegam a Sydney como os atuais campeões olímpicos de Star, uma das classes mais difíceis do iatismo. Um dos maiores estrategistas em regatas, Torben, de uma família de Niterói dedicada à vela, espera levar seu barco Vida bandida (homenagem à música de Lobão) à vitória, conquistando assim sua quarta medalha olímpica. A raia da Baía de Sydney, com ventos variáveis, é sua conhecida. Ano passado, ele terminou em segundo lugar na regata Pré-Olímpica e foi apresentado aos segredos do mar australiano. “Velejar envolve fatores imponderáveis, como o vento, mar e o próprio barco. Em Sydney, há um detalhe a nosso favor: os ventos são parecidos aos da Baía de Guanabara, onde aprendi a velejar”, explica Torben a ISTOÉ.

Favorito – O paulistano Robert Scheidt, quatro vezes campeão mundial de Laser e medalha de ouro em Atlanta, tem tudo para repetir o feito na Baía de Sydney. Seus principais adversários são o australiano Michael Blackburn e o inglês Ben Aislie. Nove em cada dez especialistas do esporte apostam que os três deverão formar o pódio em Sydney, com vantagem para Scheidt, que tem chegado na frente dos dois nas competições internacionais. “Na minha classe, a briga pelas medalhas vai ficar entre cinco velejadores, no máximo. Espero repetir o resultado das últimas provas”, diz Scheidt. Fora da água estão outras chances concretas de ouro. O cavaleiro Rodrigo Pessoa, tricampeão mundial de hipismo, imbatível em competições internacionais há quase três anos, tentará com seu cavalo Audi Baloubet ganhar a medalha de ouro que lhe escapou em Atlanta. Mais experiente, Rodrigo confia que seu cavalo, considerado o melhor do mundo e avaliado em pelo menos US$ 5 milhões, está pronto para repetir na Austrália as impecáveis atuações recentes.

Fera de fora – Os velocistas do atletismo lideram o poderoso segundo escalão da equipe, que reúne atletas com chances de entrar na briga por uma medalha. Claudinei Quirino, um dos quatro integrantes do revezamento 4 x 100 que levaram o bronze em Atlanta, está no auge da forma. Foi classificado para os 100 e 200 metros rasos. Mas dará preferência à segunda disputa por dois motivos: é o dono do recorde sul-americano da prova (19s89) e não terá a concorrência do imbatível Michael Johnson, recordista mundial com 19s32, que se contundiu na final da seletiva americana e ficou de fora da modalidade. “A prova está aberta, mas não pensem que o pódio está garantido. Há pelo menos outros cinco fortes concorrentes, incluindo meu amigo André Domingos, que fez 20s17, uma das melhores marcas do ano para a distância”. Completam a turma a saltadora em distância Maurren Higa Maggi, ouro no Pan-Americano de 1999, as equipes femininas de futebol e vôlei de quadra, Eronildes Araújo nos 400 metros com barreiras, o revezamento 4 x 100 metros rasos masculino, o basquete feminino, que foi prata em Atlanta, a dupla de canoístas Sebastian Cuattrin e Guto Campos, os revezamentos 4 x 100 livres e 4 x 100 medley masculinos na natação e, no tênis, a dupla Guga e Jaime Oncins.

Turma da surpresa – Para completar, vem o grupo com potencial para surpreender os favoritos. Na prancha a vela, o carioca Ricardo Winicki, o Bimba, 21 anos, campeão mundial juvenil, chega a Sydney incluído entre os oito velejadores que irão decidir a competição na classe. O vôlei de quadra masculino parece estar superando uma de suas piores fases. Agora, com a volta dos campeões olímpicos Tande e Giovanne, pode voltar a sonhar com um bom desempenho. Grande parte da equipe de judô que produziu ótimas surpresas nas últimas Olimpíadas foi renovada nas seletivas. Aurélio Miguel, Sebastian Pereira e Rogério Sampaio estão fora. Mas as novas estrelas, como o meio leve Henrique Guimarães, o meio-pesado Mário Sabino, o médio Edelmar Branco Zanol, a meio médio Vânia Ishii e a meio-pesado Edinanci Silva, podem manter a tradição de surpresas agradáveis do esporte. O objetivo, ao fazer essas estimativas, foi construir um cenário conservador do desempenho do Brasil em Sydney. No fundo, ISTOÉ deseja que os atletas consigam mostrar que a análise foi cautelosa.