Na imaginária Tropélia, os banqueiros gêmeos Léo (Ney Piacentini) e Créo (Heitor Goldflus) buscam salvar a saúde financeira da sua empresa através de empréstimos do governo e ao custo do desemprego. Entre os demitidos está Núlio Nuliev (o mesmo Piacentini), prestes a cometer suicídio do alto do edifício onde trabalhava. O assunto parece chato, mas a peça é inteligente e muito divertida. A Companhia do Latão aplicou as lições do alemão Bertolt Brecht na criação do texto, estruturado a partir do conceito da luta de classes. E, graças às ótimas sacadas cênicas e ao elenco preparadíssimo, não cai no pálido didatismo do gênero.
(I.C.)
VALE A PENA