Mais que imperfeito (Teatro do Leblon, Rio de Janeiro) – O fato de a comédia romântica ser um gênero leve e, na maioria das vezes, despretensioso, não significa que seja algo fácil de fazer. É o que fica claro na montagem desta peça de Marcelo Rubens Paiva. De humor um pouco amargo, o espetáculo mostra os desencontros amorosos de dois casais. Entre clichês e surpresas – algumas bem boladas –, a peça questiona até que ponto é possível superar uma paixão mal resolvida. Paiva consegue recauchutar piadas gastas, mas a montagem esbarra na falta de criatividade da direção de Rafael Ponzi e na insegurança de Clara Garcia e Ingra Liberato, que, ao contrário de Antônio Gonzalez e Tatu Gabus Mendes, demonstram falta de timing para comédia. (C.M.)
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