Empurrão ecologicamente correto

Passear de bicicleta é sem sombra de dúvida um dos melhores e mais saudáveis prazeres que se pode apreciar ao ar livre. Mais ainda se o exercício de pedalar é feito em uma paisagem plana. Para locais com altos e baixos, porém, o prazer do passeio corre o risco de acabar sendo superado pelo desagradável desgaste físico do esforço. É quase inevitável imaginar como seria mais fácil se a bicicleta contasse com a ajuda de um pequeno motor. Mas tal solução sempre esbarra na correta suposição de que um motor a explosão, como o das motocicletas, não combina nem um pouco com uma experiência bucólica. Razão que já enterrou vários projetos de bicicletas motorizadas. A solução definitiva parece ter surgido recentemente em Nova York, EUA. Uma companhia, a Manhattan Scientifics Inc., desenvolveu o que está chamando de hidrociclo. É uma bicicleta comum, que conta com a ajuda de um pequeno motor (acima) movido a água. Que não produz cheiro nem poluição. Apenas vapor. O motor, ainda em fase de protótipo, produz energia elétrica a partir do consumo de hidrogênio e oxigênio, obtidos com a quebra das moléculas de água (H2O). O hidrociclo atinge 30 km/h e tem tanque de água com autonomia de 100 quilômetros. Os donos não pretendem produzi-lo em série, mas querem vender a idéia e a tecnologia para quem o faça.

 

Farol cósmico

Uma câmera de alta resolução instalada a bordo do telescópio espacial Hubble conseguiu, semana passada, registrar a imagem de um poderoso jato de luz azul, emitido do centro de uma galáxia, a M87. Calcula-se que esse verdadeiro farol cósmico é produzido por um buraco negro, que expele como um jato um composto de elétrons, prótons e outras partículas subatômicas, à velocidade da luz. Tal jato é quase como um “arroto” depois de uma tremenda refeição. O buraco negro teria “engolido” uma massa estelar equivalente à energia de dois bilhões de sóis. Essa luz azulada foi notada no céu noturno pela primeira vez em 1918 pelo astrônomo americano H. D. Curtis. O Hubble conseguiu agora fotografar esse fenômeno cósmico, que está a 50 milhões de anos-luz da Terra.

Cientistas alemães desenvolveram uma forma simples de usar a eletroquímica para esculpir estruturas tridimensionais microscópicas. Usando um pequeníssimo eletrodo (terminal elétrico que manipula cargas elétricas de substâncias químicas), os cientistas do Instituto Fritz Haber em Berlim cortaram pedaços microscópicos de substâncias como o silício. Pretendem agora produzir máquinas em miniatura, em uma escala de tamanho capaz de beneficiar procedimentos médicos, como cirurgias não-invasivas. Pequenas maquininhas entrariam pela corrente sanguínea e executariam trabalhos como o de desobstrução de artérias, por exemplo. Os resultados do trabalho foram publicados no periódico Science da semana passada.