11/02/2004 - 10:00
Ao ler a reportagem sobre a vaidade da população brasileira nos grotões do Brasil, me emocionei muito. Pessoas com culturas tão diferentes e ganhando salário tão ínfimo gostam de se cuidar, ficar cheirosas e belas. Não tenho o mesmo olhar do psicólogo da PUC Ari Rehfeld, que encara essa aquisição de cosméticos como um tele- transporte para os centros urbanos. Vejo, sim, pessoas que vivem seu cotidiano, trabalhando, estudando, enfim vivendo, mas com um detalhe, se cuidando. Vocês estão de parabéns com essa reportagem que mostra uma outra face do povo brasileiro. Tão bela e corajosa. “O país da vaidade” (ISTOÉ 1791).
Cristina Souza
Balneário de Camboriu – SC
Sem dúvida nenhuma, a indústria de cosméticos tem propiciado verdadeiros milagres, apesar dos riscos que muitos nem estão mensurando em correr para ficar com aparência jovem. Entretanto, esquecem que o verdadeiro rejuvenescimento vem da mente, das atitudes, e o corpo é uma obra divina que não pode ser modificada dentro da ordem normal da vida. O que fazem é retardar o envelhecimento com fórmulas mirabolantes, que no futuro não garantem as sequelas e as doenças de uma vida moderna.
Antonio Auggusto João
São Paulo – SP
As pessoas estão muito fúteis. Em um país como o nosso, preocupar-se com a vaidade assume o pecado de ser quase um crime. As pessoas deveriam se preocupar com coisas realmente importantes como os salários baixos, a corrupção, a falta de saúde, entre outras coisas.
Mário Annuza
Rio de Janeiro – RJ
Trabalho escravo
O que fica como lição dessa tragédia com os fiscais do trabalho é
que o governo Lula deve prestar mais atenção nos conflitos sociais
no campo. A inércia dos governos estaduais e federal, no que tange
ao melhor aparelhamento estatal para coibir essa prática odiosa que
é a escravidão em pleno século XXI, só corrobora a tese de que
somos cercados de políticos que são ótimos de retórica, mas pobres
de ações concretas para as verdadeiras mazelas sociais. “O massacre dos fiscais” (ISTOÉ 1791).
Lander das D. Silva
Belo Horizonte – MG
Indicado ao Oscar
Infelizmente, nós só conseguimos competir com bons filmes usando armas, drogas, matando, roubando e lançando mão de apelos sexuais. Acho que o brasileiro tem muito mais capacidade e criatividade que qualquer outra pessoa e que deveríamos explorar isso e mostrar que o Brasil tem qualidades invejáveis. “Favela chique” (ISTOÉ 1791).
Roberta Ribeiro de Souza
Franca – SP
Epidemia
Um operário no Vietnã deposita frangos vivos (!) e mortos em uma lixeira. Parece normal que tratemos seres vivos como bens de consumo, sem quaisquer direitos, sem sombra de respeito? Isso se tornou normal e a natureza responde com as seguidas epidemias que vêm assustando populações e atrapalhando economias. É o preço que pagamos pelo nosso egoísmo e pela nossa insensibilidade. “Frango fatal” (ISTOÉ 1791).
Bianca Cervo Pagnon
Porto Alegre – RS
Educação
É lamentável que o governo Lula perca o que tem de melhor. Tirar
o Ministério da Educação de Cristovam Buarque é, no mínimo, um
tiro no pé. Nada contra o sr. Tarso Genro. Não o conheço. Mas
Cristovam Buarque é um brasileiro de primeira qualidade. Pena que homens assim não frequentem tanto a mídia. Ficamos mais pobres
com sua saída e, com certeza, mais longe da educação.
“Pacto de longo prazo” (ISTOÉ 1790).
Joaquim Saturnino da Silva
São Paulo – SP
Coleta de lixo
Sobre a informação divulgada nesta tão conceituada revista com o título “Os mesmos!” na seção Fax Brasília (ISTOÉ 1790), segundo a qual a empresa Ecofor, do grupo Marquise, abandonou o trabalho de coleta de lixo domiciliar em Fortaleza, venho esclarecer a verdade dos fatos. O que houve foi a suspensão da cobrança da tarifa pelo Poder Judiciário, em função de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – Adin, impetrada pelos vereadores de oposição. Diante do impasse, a Prefeitura de Fortaleza, em dezembro de 2003, suspendeu o contrato com a Ecofor, decretou estado de calamidade pública e contratou a Marquise de forma emergencial por 180 dias para dar continuidade ao recolhimento do lixo em Fortaleza, enquanto a Justiça julga o mérito da ação. Ressalte-se que o contrato com a Ecofor previa apenas a coleta do lixo domiciliar. O lixo referente a entulhos, podas de árvores e outros, que se acumulou na cidade neste período, não era da responsabilidade da Ecofor.
Dionisio Barsi
Diretor da Marquise
Fortaleza – CE
Furo na fila
O dr. Daniel Tabak está coberto de razão. Tais pressões e ingerências políticas na fila dos transplantes no Instituto Nacional do Câncer (Inca) sempre existiram. Acho certíssimo que o médico responsável dr. Tabak reclame alto e bom som. O que interessa a todos nós é um serviço competente e honesto para com os pacientes. “Rota de colisão na saúde” (ISTOÉ 1790).
Leila Guimarães de Castilho
Juiz de Fora – MG
Quadrilha de playboys
Está havendo uma inversão de valores na relação pais e filhos. Os pais, cada vez mais cedo, perdem o controle sobre seus filhos e, em consequência, esses vão criando seus próprios caminhos, geralmente à margem da sociedade. Os velhos diálogos deram lugar às discussões, e o respeito foi trocado por drogas, carros e roupas de marcas. Os jovens atormentados de hoje são fruto da insegurança de seus próprios pais que, parece, ainda não descobriram que são eles os responsáveis pelo limite dos filhos. “Geração partida” (ISTOÉ 1790).
Mirna Machado
Guarulhos – SP
Como especialista no assunto – sou psicólogo clínico há quase 30 anos e também sou pai –, acho que esses jovens são o exemplo claro dos órfãos de pais vivos. Muitos pais hoje pensam que não podem negar nada aos filhos, senão vão traumatizá-los. Só sabem dizer sim. Quando chega a adolescência, os pais se lembram de colocar limites, mas aí já é tarde. Todos os pais precisavam saber que a adolescência em si não é problema nenhum. É só uma questão de turbulência hormonal, fácil de ser administrada e compreendida. Todos os jovens que dão problemas na adolescência (sejam ricos, sejam pobres), certamente, tiveram a infância comprometida. É na infância que podemos prevenir, praticamente, todos os problemas da adolescência. Quando ela chega já é tarde.
Jorge Vasconcelos de Brito
Belo Horizonte – MG
Iraque
Os mais variados e perpetuados conflitos que ocorrem no continente asiático estão muito longe de terminar. Parece que há sempre uma desculpa para esta ou qualquer outra disputa, seja política, seja religiosa. A matéria de ISTOÉ facilita uma avaliação de parte deste momento decisivo e tumultuado para um povo tão sofrido e muitas vezes radical como o iraquiano, porém não podemos esquecer que os xiitas são aqueles que não conseguem desvincular o poder político sem estar diretamente subordinado ao poder religioso. Se milagrosamente a Organização das Nações Unidas (ONU) conseguir agir buscando autonomia para aquele país, em parte haverá um resgate de que é possível ter confiança em organismos internacionais. “A hora das Nações Unidas” (ISTOÉ 1790).
Jane S. Farinazzo
Salvador – BA
Ioga
ISTOÉ recebeu dezenas de cartas de pessoas ligadas ao Mestre
De Rose, professor de ioga, na qual elogiam a reportagem “Irresistível”, publicada na edição 1789, de 21 de janeiro de 2004, mas contestam algumas informações publicadas a respeito do professor. Também
chegou à revista uma carta do próprio De Rose na qual ele diz que não trabalha com um público fácil de ser manipulado (enfermos e místicos, segundo ele), e sim com pessoas cultas e saudáveis. ISTOÉ recebeu ainda a visita de Marisol Espinosa, diretora da Unidade Mont’Serrat da Uni-Yôga, em Porto Alegre, e de Fernanda Neis, vice-presidente da entidade. Elas contestaram a informação de que De Rose fature cerca
de R$ 160 mil por mês apenas com as mensalidades dos alunos
brasileiros que praticam ioga em unidades da Universidade de Yôga
(Uni-Yôga), fundada pelo professor.
Correções
1) Ao contrário do publicado na nota “Enxugaram a lipoaspiração” (ISTOÉ 1789), o número correto de lipoaspirações realizadas no ano passado é de 80 mil. 2) Ao contrário do que foi divulgado na matéria “Revolução no caos” (ISTOÉ 1789), no caderno “Nordeste – Cidades bem avaliadas” sobre o município de Alagoinhas (BA), a arrecadação com IPTU de R$ 1,2 milhão é anual e não mensal. Da mesma forma, a arrecadação total em 2000 foi de R$ 36 milhões.