Depois de conquistar adolescentes, crianças e crescidinhos de 40 países, os personagens da linha Bang on the door, da Santoro Graphics de Londres, seduzem agora os brasileiros. Tal feito se deve ao fato de os personagens londrinos traduzirem o comportamento do público juvenil com simpáticas caricaturas de seus diferentes estereótipos. Até mesmo os “códigos” usados pela turma da Bang on the door se assemelham aos utilizados pelos jovens de carne e osso. Os bonequinhos e bonequinhas que estampam de material escolar a roupa de cama são descolados, vestem-se com roupas coloridas, e esbanjam atitude hype.

Dentre os personagens mais populares da turma no Brasil estão as garotas Groovy Chic (Bacana), Starlet (Estrela) e Happy (Feliz). Mas a estampa Friends (Amigos), que agrupa diferentes bonecos, também é bastante disputada. Com traços diferenciados, qualidade e vez ou outra acompanhados de frases simpáticas em inglês – como, por exemplo, have a nice day (tenha um bom dia) –, estes personagens tomaram livrarias, papelarias e magazines do País, apesar dos preços salgados. Uma caneta custa em média R$ 25, um caderno universitário, cerca de R$ 40 e uma agenda-fichário, R$ 150. Bloquinhos e cadernetas variam de R$ 25 a R$ 35. Segundo a representante dos artigos de papelaria da Santoro Graphics no Brasil, a paulista Alles Trade, 100 mil produtos com preço médio de R$ 60 foram comercializados no País em dois anos. “As peças esgotam na mesma semana em que chegam às lojas. Tornaram-se objetos de desejo dos adolescentes”, conta Alexandre Pinto diretor da Alles Trade.

O mesmo fenômeno acontece com a linha de decoração e confecção, representada no Mercosul pela companhia catarinense Fabril Lepper. Em apenas nove meses de mercado, a empresa já vendeu 150 mil peças, com preços entre R$ 25 (roupão infantil) e R$ 80 (edredon de solteiro). Nesta fatia de mercado é possível observar claramente a diversidade de público dos personagens da Bang on the door. “Os adultos procuram muito. O pedido de jogos de cama de casal é frequente, mas por enquanto só temos pijamas em tamanhos grandes”, explica Ênio Kohler da Companhia Fabril Lepper.