CINEMA
A vida caótica de Leonera

A expressão Leonera, que dá nome ao novo filme do diretor argentino Pablo Trapero (estréia no Brasil na sexta-feira 7), quer dizer aposento bagunçado em espanhol. Tal qual o quarto de Julia (Martina Gusman), que acorda de manhã com a casa revirada e dois homens nus e ensangüentados no chão. Um deles, Nahuel, é seu namorado e está morto; o outro, Ramiro (Rodrigo Santoro), é amante dele e respira precariamente. Suspeita de ser a assassina, Julia é presa e tem um filho na cadeia, que não sabe se é de Ramiro ou de Nahuel. Desprovido de qualquer julgamento, Trapero mostra a luta da jovem para provar sua inocência, coisa que não fica muito clara, e para ter a posse do menino. (14 anos)

CINEMA
007 passional

A nova aventura de James Bond, 007- Quantum of solace (estréia no País na sexta-feira 7), é uma continuação de Cassino Royale. Com o mesmo charme e adrenalina, o agente secreto interpretado por Daniel Craig empreende uma louca perseguição aos assassinos de sua namorada, Vesper Lynd (Eva Green). Ao seu lado está a bela e fria Camille, a nova bondgirl interpretada pela ucraniana Olga Kurylenko. (classificação indicativa a conferir)

NASCIDO E CRIADO
Homem se pune depois de sofrer um trágico acidente com a mulher e a filha

MUNDO GRUA
As reviravoltas na vida de um ex-roqueiro de 50 anos, que passa a trabalhar na construção civil

FAMÍLIA RODANTE
Uma mulher de 84 anos viaja de trailer com a família para uma cerimônia de casamento na sua cidade natal

DO OUTRO LADO DA LEI
O cotidiano de violência e corrupção da polícia militar de Buenos Aires, conhecida como Bonaerense

NAIKOR, A ESTAÇÃO DE SERVIÇO
Documentário médiametragem sobre um trabalhador do porto que tenta entrar para o mundo do cinema

EXPOSIÇÃO
Beleza concreta

Os especialistas em arquitetura são unânimes em afirmar a existência de uma escola brasileira do concreto armado. Com olhar sensível às técnicas e soluções estéticas de famosos projetos, o fotógrafo italiano Lamberto Scipioni documentou prédios, pontes, residências e igrejas em 90 imagens em cartaz na exposição Um século de concreto armado no Brasil (Caixa Cultural, São Paulo, a partir de 1º/11). Ângulos surpreendentes do Masp ou do Auditório Ibirapuera mostram a permanência de um estilo que fez e continua fazendo história.

MÚSICA
Toni Platão solo

Por mais de duas décadas o cantor carioca Toni Platão permaneceu num segundo plano como vocalista da banda Hojerizah. Ao se lançar em carreira solo, porém, o grande público o conheceu melhor e ele descobriu a si próprio como ótimo intérprete de composições alheias. Pros que estão em casa, seu mais novo trabalho, deixa isso patente em canções como Mares de Espanha e Amor, meu grande amor, ambas de Ângela Rô Rô, e as bregas Impossível acreditar que perdi você (Márcio Greick) e O moço velho (Silvio César).

TEATRO
Choque de emoções

São duas horas de imersão num tipo de teatro raro, aquele que arrebata pelo texto, interpretações e direção, sem precisar de cenários pirotécnicos e atores de novela. Traição (Teatro do Solar de Botafogo, Rio de Janeiro, até 7/12), de Harold Pinter, com direção irretocável de Ary Coslov, é uma peça que fala através de silêncios e respirações – e foge da pieguice. Jerry (Isio Ghelman) é amante de Emma (Isabella Parkinson), casada com Robert (Leonardo Franco), o seu melhor amigo. O embate (combate?) de emoções entre eles leva o telespectador a questionar quem é, de fato, o traído. (14 anos)

AGENDA

GENERATION KILL
(HBO, 21h, a partir de 3/11) – Minissérie sobre a Guerra do Iraque, baseada no livro de Ewan Wright (16 anos)

DIANA KRALL
(Vivo Rio, Rio de Janeiro, 1º/11; Teatro Positivo, Curitiba, 3/11; HSBC Brasil, São Paulo, 5/11) – A cantora e pianista americana faz sua homenagem à bossa nova (12 anos)

A BAHIA DE JORGE AMADO NO IMS
(Instituto Moreira Salles, São Paulo) – Fotos relacionadas ao universo literário do escritor baiano, assinadas por Marc Ferrez, Marcel Gautherout e José Medeiros, entre outros