Acho um enorme equívoco e pretensão colocar Sandy e Maria Rita como ídolos. Renato Russo, Che Guevara, Ayrton Senna, Elis Regina, Gisele Bündchen e muitos outros são ídolos de fato e mostram ou mostraram dom e talento para merecerem o título. Quando se é beneficiado pelo fato de ser filha de cantor consagrado é mais fácil “fazer sucesso” e ainda mais fácil “entrar e permanecer” na mídia, sendo os “ídolos que são filhos de outros ídolos”, mas nem sempre a genética faz jus ao mérito. “Heróis eternos” (ISTOÉ 1798).
Angela C. Zacarias
Duque de Caxias – RJ

Como alguém considera Che Guevara como ídolo? Será que ninguém se
lembra que ele colaborou com o golpe de Fidel Castro, transformando Cuba
em um Estado marginal e auxiliando, indiretamente, na execução de milhares
de prisioneiros políticos?
Fábio José Andrade de Assis
Vila Velha – ES

Che Guevara herói? Se for para escolher criminosos (com ou sem ideais, ou desculpas para suas incoerências) podemos escolher os nacionais mesmos. Temos uma série deles: basta procurar os bandidos que floresceram no “ideal” revolucionário, pós-golpe de 1964. E para não dizer que era exclusividade da esquerda armada, podemos também achá-los nas fileiras do DOI-Codi. Ambos os lados foram ricos em criminosos que queriam se investir da fantasia de herói.
André M. Fagundes
Brasília – DF
 
 
José Genoino

O título da entrevista com José Genoino poderia ser “O ilusionista”, em vez de
“O equilibrista” (ISTOÉ 1798). Afinal, a gestão do PT está parecendo um show
de mágica: muitos truques antigos, pouca ação real. Ficou faltando ao sr. Genoino
as mesmas atitudes veementes da época do estilingue. O descompasso entre governo e partido faz pensar em um esquizofrenismo epistemológico, as verdades defendidas no passado tornaram-se “exageros da oposição”. Bem, de tudo isso uma lição importante fica para todos: partido que muito late não morde; teoria e prática
não têm porque serem diferentes; de falácias em falácias a galinha enche o papo.
Osny Martins
Joinville – SC
 
 
Juros
A irrisória queda dos juros da taxa Selic do Copom demonstra o atual receio do governo ante a conjuntura política turbulenta que o País está passando, como repercussão do caso Waldomiro Diniz. Além disso, seja pela eterna desconfiança dos diretores do BC em serem removidos de seus respectivos cargos por um simples contato do presidente da República, seja pelas resistências dentro do próprio PT, a verdade é que o custo do desemprego e do baixo crescimento econômico para os brasileiros é maior que o risco de inflação. O presidente
sabe disso. Resta-lhe impor sua vontade política e ordenar a imediata redução necessária dos juros para promover o tão enaltecido espetáculo do crescimento,
por reiteradas vezes mencionado durante sua campanha rumo à Presidência.
“Corte mínimo” (ISTOÉ 1798).
Rafael Lopes Lorenzoni
Rio Verde – GO

Quando o Copom anunciou a queda de 0,25 na taxa de juros, instantaneamente
me veio à cabeça: o governo realmente está atirando para todos os lados. Vejam
só, num país em que a taxa de juros é de 16,50% a.a e o espetáculo do crescimento ainda não passou da casa dos 0,4% do PIB, baixar os juros em 1,52% significa
que não mudamos nada. Algo de errado está acontecendo, ou falta conhecimento
ou falta ousadia. O certo é que eles estão mais preocupados em agradar ao FMI, seguindo à risca o Consenso de Washington, realizado em 1989, do que em atender à dor do país doente.
Valdemir Vargas Junior
Florianópolis – SC
 
 
Porão do poder
Sensacional! Gostaria de dar os parabéns à revista ISTOÉ e ao repórter Amaury Ribeiro Jr. pela coragem e pelo profissionalismo mostrados na matéria sobre o golpe militar. Trata-se de uma página negra na história do Brasil e somente agora foi possível tirar os capuzes dos hoje pacatos cidadãos, que no passado sujaram suas mãos de sangue na execução de dezenas de presos políticos. Sou leitor da revista já há vários anos e, sem dúvida, essa foi uma das melhores reportagens que já li. “Os matadores” (ISTOÉ 1798).
Rogério Barreto
Santa Cruz do Sul – RS

Chocante e corajosa a reportagem. O governo e o Congresso brasileiros deveriam fazer como a Argentina, que revogou a Lei da Anistia para punir os militares que mataram e fizeram desaparecer centenas de pessoas na época da ditadura. A impunidade não pode ser perpétua, todos devem pagar pelos seus atos.
Raul de Araújo Lira
Recife – PE

Parabéns. O Brasil precisa desse tipo de imprensa comprometida com a verdade histórica e com a preservação dos direitos democráticos e humanos. Esses tristes e abomináveis crimes cometidos pelo regime militar implantado em 1964, em todos os seus escalões, apenas comprovam que a “Redentora” não passou de um movimento truculento e sanguinário, cujo maior saldo foi o aprofundamento da miséria e do atraso político e cultural do País. Espero que essa história nos sirva de lição, precavendo-nos do canto de sereia dos ardorosos defensores da ordem e dos bons costumes ou guardiães da democracia cristã, como se autodenominaram os golpistas de então.
Marcos José Diniz Silva
Quixadá – CE

Causou-me surpresa ver o nome de meu contemporâneo da querida Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), coronel José Brant Teixeira, entre os matadores. Agora entendo por que ele foi designado para ser o juiz que julgou os graves ilícitos que tive a coragem de informar pelos “canais competentes”, envolvendo altos funcionários da antiga Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). As infrações denunciadas foram comprovadas numa sindicância, mas “foram devidamente lavadas” pelo coronel Brant e houve total impunidade, inclusive de crime hediondo, para atender os interesses daquela estrutura, criada no governo Collor, a qual não tinha qualquer comprometimento com a moralidade administrativa. Para um oficial do glorioso Exército brasileiro praticar tamanha afronta aos interesses da coisa pública, só há uma justificativa: é ter “um rabo muito preso”, como mostra a reportagem, sem falar de seu caráter.
Pedro Cândido Ferreira Filho
Belo Horizonte – MG

Gostaria de apresentar meu maior repúdio à reportagem. O coronel José Brant Teixeira, à época capitão ou talvez major, recebeu ordens de seus superiores contra uma guerrilha surda, suja, financiada pela China e pela finada União Soviética, e que tinha por objetivo maior o estabelecimento de uma república de esquerda no extremo Norte do País, expondo, desta forma, as vísceras da soberania nacional. O que ISTOÉ também não menciona, em nenhum momento, até para manter uma certa imparcialidade à entrevista, é o número de soldados das Forças Armadas brasileiras mortos em combate pela pátria e a situação dessas famílias nos dias de hoje. O artigo em questão foi de uma irresponsabilidade ímpar, onde o leitor é sugestionado a ver os soldados das Forças Armadas como carrascos, e os “bravos” guerrilheiros como vítimas. Talvez tenha faltado um pouco mais de responsabilidade, um pouco mais de energia e seriedade das nossas Forças Armadas à época ao lidar com o assunto. Os guerrilheiros poderiam, sim, ter sido mortos em combate, identificados, terem seus restos mortais devolvidos às respectivas famílias, envoltos na bandeira nacional. Também, não seria de malgrado cobrar o custo de uma bala a essas famílias, assim como se faz na China até os dias de hoje. Definitivamente, o Estado não deveria arcar com custos desse porte. O coronel José Brant Teixeira, injustamente delatado pela ISTOÉ, é mais uma vítima dessa meia anistia. A anistia é algo bilateral, onde ambas as partes se perdoam por atos de guerra ou de guerrilha. Após ler a entrevista de ISTOÉ, posso levar a crer que tanto o coronel José Brant Teixeira como os demais oficiais citados na entrevista são dos melhores brasileiros que este país já teve.
André Dória
Brasília – DF

Lembro apenas que, por coincidência, o coronel Wilson Romão era presidente
da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no mesmo período em que
o ex-cabo Félix Freire, o doutor Magno, trabalhou lá.
Raimundo Nonato Barboza
Fortaleza – CE

Nunca li reportagens sobre guerrilheiros que mataram militares e civis em suas ações. A impressão que tenho é que esse tipo de reportagem só existe porque os militares não querem mais argumentar nem se defender. Eram outros os tempos e outros os militares. A anistia indenizou as famílias dos guerrilheiros e não a dos militares e dos civis mortos no conflito. Quando escrevem sobre os assassinos militares, tenho a impressão que os guerrilheiros agiam com revólveres de água.
Sergio Caporasso
Curitiba – PR

Guerra das cervejas
Gostaria de parabenizá-los pela reportagem “Pagode da discórdia” (ISTOÉ 1798). A guerra entre as cervejas está apelativa e os profissionais contratados pelas agências de publicidade acabam sendo responsabilizados pelas campanhas. Se não tiverem criatividade, essas propagandas logo terão um fim. E tem outra: quando se fala de um concorrente dentro da sua propaganda, você acaba fazendo um marketing daquela marca, por mais que seja um marketing negativo.
Angela Murta
João Pessoa – PB

Alguém precisa dizer ao Zeca Pagodinho que vivemos em uma sociedade civil na qual contratos devem ser respeitados! E seria bom dizer ao sr. Nizan Guanaes, mesmo que ele assuma todos os processos legais, que nem ele nem o Pagodinho por mais sucesso que façam estão acima do bem e do mal, como pretendem parecer! Deplorável a falta de ética da agência África! Acho que deve acabar a era da lei do Gerson e começar agora a lei do Zeca! Querem legalizar o mau-caratismo e a malandragem? Lamentável.
Carlos Pinheiro
Flórida – EUA

Tudo bem. Zeca Pagodinho tem maturidade suficiente para saber onde está se metendo. O problema maior é que, em um país onde impera a impunidade, os conceitos morais, éticos e de respeito vão para o beleléu. Se a nossa instituição maior compactua com a lei de Gerson, imagine um simples pagodeiro que visa única e exclusivamente os valores pecuniários.
Isaac Soares de Lima
Maceió – AL

Se formos analisar com precisão os efeitos dessa nova propaganda da Brahma,
em que o pagodeiro Zeca Pagodinho vira a casaca, os resultados serão benéficos para a Schin. Ninguém gostou da atitude do Zeca de se deixar comprar pela concorrente e, como consequência, isso já está gerando antipatia pela Brahma.
O tiro saiu pela culatra.
Habib Saguiah Neto
Marataízes – ES

A televisão é mesmo utópica e parece seguir o rumo de nossos políticos, que prometem tudo antes das eleições, mas, se ganham, as promessas vão para
a lata do lixo. O caso mais recente que conturba o mercado e beira a ética é
a famosa lei de Gerson, que agora se transformou na lei do Zeca envolvendo a guerra das cervejas, estrelada pela nova Schin e a Brahma. Episódio triste e melancólico! Cumprir compromissos e contratos deveria transformar-se em lei,
tanto na cerveja como lá em Brasília.
Turíbio Liberatto
S. Caetano do Sul – SP

São imorais as atitudes e a postura do sr. Zeca Pagodinho. Primeiramente, ele mentiu para todos os brasileiros e, em especial, para seu público, quando aprovou a cerveja Nova Schin, sem revelar que o conteúdo do copo ”experimentado” era a cerveja Brahma. Depois, numa campanha para a concorrente, desmereceu a marca que antes ele mesmo tinha recomendado. A inversão de papéis mostra-se abominável e soberba; enfim antiética.
Carlos Albérico da S. Reis Junior
Salvador – BA
 
 
Terror na Espanha

Dia 11 de março de 2004, assim como dia 11 de setembro de 2001, seria um
dia comum. Pessoas comuns trabalhavam, estudavam, passeavam. Eram
tristes, felizes, amarguradas, alegres. Encontrariam seus filhos, seus pais, seus amigos, seus amores. Pessoas comuns, num dia comum, encontraram o imponderável. Num átomo de segundo suas vidas comuns transformaram-se
em vítimas da irracionalidade humana. Viraram mártires de uma causa que
não defendiam. Desapareceram em nome da intolerância e da barbárie.
“O dia da infâmia” (ISTOÉ 1797).
Junia Paixão M. de Castro
Carmo da Mata – MG

Quem, ou o que, poderá nos livrar do terrorismo? Os evangélicos, em sua simplicidade, responderão que sempre só há um caminho: Deus. Os mulçumanos têm Alá como protetor e possuem mandamentos que soam estranhos no mundo ocidental. Os americanos e seus parceiros gritam: guerra! Morte aos terroristas! E com isso a intolerância religiosa caminha a passos cada vez mais largos.
Eduardo Mendes Costa
Recife – PE

Quantos dia 11 ainda serão necessários para que o terror seja por vez exterminado da face da terra? Os grandes líderes do mundo precisam deixar de vez a vaidade política e se unirem em busca de ideais contra este tipo de atitude, que marca e sangra o coração das civilizações que não vêem a hora de encontrar a paz.
Antonio Auggusto João
São Paulo – SP
 
 
Indústria nacional
A reportagem “Dos estaleiros aos hangares” (ISTOÉ 1798) vem mostrar a atenção do governo Lula e a diferença positiva dele, no trato do problema industrial e tecnológico da indústria nacional. Antes, setores da indústria naval eram entregues a grupos estrangeiros, com vantagens que o atual governo, diferentemente do de FHC, colocou semelhantes para as empresas nacionais. “O financiamento para os investidores é feito pelo Fundo de Marinha Mercante e pelo BNDES. No governo Fernando Henrique Cardoso, as plataformas eram feitas por estrangeiros, beneficiados por impostos mais leves do que os cobrados dos grupos nacionais.” ISTOÉ mostra que, atualmente, a carga tributária é igual, destacando a qualidade
na concorrência de empresas brasileiras. Que a revista continue com matérias interessantes, que abordem temas científicos e tecnológicos, apoiando setores públicos ou privados.
José de Jesus Moraes Rêgo
Brasília – DF
 
 
Estratégia

Sobre a entrevista com o ministro da Defesa, José Viegas, é bom lembrar que as Forças Armadas, mesmo com orçamentos reduzidos, nunca deixaram de atuar na área social, através das Ações Cívico Sociais (Aciso), principalmente nos rincões mais afastados, onde a ação social do governo nunca se faz presente. No governo de FHC, a compra de apenas 12 aviões de caça supersônicos foi protelada e repassada para o governo atual, que mantém a escolha e compra dos novos aviões em “banho-maria”. Na década de 50, com uma só penada, o presidente eleito, Getúlio Vargas, autorizou a compra de 70 aviões (50 caças e 20 biplaces) Gloster Meteor, ingleses, tornando a FAB a primeira força aérea da América Latina a ser equipada com jatos
de combate. Sobre a Força de Paz da ONU, para o Haiti, um contingente de 1.100 homens ou mais, espera-se que não ocorra o mesmo fiasco como no governo
de FHC, que anunciou o envio ao Timor Leste de um batalhão para integrar a
Força de Paz, com 800 homens, já qualificados para missões de paz, mas que redundou no envio de uma força simbólica de apenas 50 militares. “A nova missão dos militares” (ISTOÉ 1797).
Wandir Pinto Bandeira
Belo Horizonte – MG
 
 
Paixão de Cristo

Com relação à opinião da reportagem sobre o filme A paixão de Cristo, acredito que não foi considerado o seguinte: os conceitos de violência daquela época eram outros e até faziam parte da diversão pública. Jogar pessoas aos leões, enforcamentos, suplícios públicos, crucificações, etc. eram considerados “normais”. A crueldade mostrada pelos judeus no filme não está acima do que era considerado normal naquela época. Hoje é inaceitável. De qualquer forma, os judeus em geral exageram nesta imagem de “perseguidos”, talvez até para dar mais suporte ao que eles aplicam aos palestinos diariamente, que também é uma espécie de nazismo e muito cruel. “Afaste de mim este filme” (ISTOÉ 1796).
Orlando Mazzini Jr.
Joinville – SC