17/03/2004 - 10:00
O poder das mulheres
Paulatinamente as mulheres assumem os postos de comando no Brasil
e no mundo. A matéria de capa de ISTOÉ é, sobretudo, oportuna.
Aqui em Caruaru aconteceu um fato bem interessante. Foi inaugurada
na cidade a delegacia de Polícia Federal. Para comandá-la, inicialmente, foi designado um delegado. Com pouco mais de um mês houve substituição, o delegado foi para o Recife e três delegadas tomaram posse. Atualmente, uma delas é a nova titular da Polícia Federal em Caruaru. “O poder do salto alto” (ISTOÉ 1796).
Severino Melo
Caruaru – PE
Não foi uma iniciativa do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, instituir o ano de 2004 como o ano da mulher e sim uma iniciativa do Poder Legislativo, tendo como autor do Projeto de Lei 192/2003 o deputado federal Maurício Rabelo (PL-TO), que “institui o ano de 2006 como o “ Ano da Mulher”, e tendo sido aprovado o relatório da deputada federal Laura Carneiro (PFL-RJ), modificando o ano de 2006 para 2004. O presidente Silva no uso de suas atribuições sanciona o projeto de lei tornando-se a Lei 10.745/2003.
João Paulo Borges
jornalista e assessor dos deputados
Maurício Rabelo e Laura Carneiro
Brasília – DF
Política
Fico aliviada ao ler ISTOÉ e constatar a postura imparcial, ética e profissional com a qual a revista vem tratando o caso Waldomiro. Em vez de lançar na mídia notícias e capas sensacionalistas, ela se preocupa em mostrar os fatos reais, atuando com seriedade e bom senso. Enquanto outros ficam parados esperando e torcendo pelo pior – sem perceber que o pior é o ruim para eles também, atingindo o País inteiro –, a revista vai em frente, traz notícias importantes, sem perder o foco no que está acontecendo dentro ou fora do ambiente político. É por isso que optei em ler esta revista há já alguns anos, pois sei que ISTOÉ não tem interesse em manipular minha opinião nem tentar se fazer passar pela melhor revista do País, embora o seja há muito tempo. Parabéns a toda a equipe e muito obrigada por serem objetivos, honestos e profissionais acima de tudo. “O jogo do jogo” (ISTOÉ 1796).
Ana Lúcia Silva
São Paulo – SP
É incrível e extremamente vergonhoso para uma brasileira ter a certeza de que, ao contrário do que cobra dela a sociedade, os governantes
que ela escolheu pregam aquele terrível provérbio “façam o que eu falo, não façam o que eu faço”. Como sobreviver à esperança de um dia ver tudo melhorar se ao ler meu meio de comunicação semanal me deparo com a mais terrível conivência com fatos que, no mínimo, deveriam
vir em forma de denúncia? Como acreditar que os políticos iam terminar justamente com os responsáveis pelo patrocínio de suas campanhas? “Transparência já” (ISTOÉ 1795).
Janaina Preterotto
Louveira – SP
Obstruir a CPI não muda a realidade que deu margem a ela, apenas absolve previamente os criminosos. No entanto, altera a estrutura do governo, pois em vez da decisão ser do presidente Lula e do PT, conforme o desfecho das urnas, passa a ser também do PMDB, que apoiou José Serra. Assim, os compromissos de campanha já eram.
Pedro do Couto
Rio de Janeiro – RJ
Escândalos que envolvem operadores de campanha e fragilizam partidos tiram do forno a reforma política. Devemos também solicitar nessa reforma a não obrigatoriedade dos eleitores brasileiros votarem, pois vivemos em um país democrático. Sem esta obrigação, quem realmente tiver consciência em votar não vai fazê-lo sem compromisso. Acabaria também com a facilidade de alguns políticos comprarem votos.
Renato Viana Fonseca
Belo Horizonte – MG
Estou indignado com o governo diante da situação dos bingos.
Através de uma denúncia foi tomada uma atitude radical contra
empresas que geram milhares de empregos, sem nenhum motivo
justo e real! Se há máfia, narcotráfico, lavagem de dinheiro e outras causas não comprovadas nem mesmo investigadas, que se faça
justiça, e não injustiça! Que investiguem, que punam os fora da lei,
que se faça uma lei!
Camila Benirschke
Niterói – RJ
Sou funcionária de um bingo há nove anos e queria humildemente entender o que estão fazendo com os milhares de trabalhadores de bingo. Como ficar desempregada, ter seus direitos rifados e da noite
para o dia ter sua imagem vinculada à escória da sociedade? Será que com o desemprego de milhares de pessoas o Brasil finalmente terá sua reputação resgatada?
Carla Slongo
Porto Alegre – RS
Lavanderia
Sobre a matéria “Bomba suíça “ (ISTOÉ 1795) devo, além de ficar envergonhada com a repercussão dos brasileiros corruptos no Exterior,
o que atinge a moral de todos nós, também parabenizar a coragem
da ex-senhora Pitta em relatar toda a sujeira do ex-prefeito de São Paulo. Percebe-se a necessidade de se ter a presença de pessoas
com boa índole e caráter em nosso governo. Outro brasileiro que
merece congratulações é o promotor Sílvio Marques, que mostrou competência e lealdade para com o que restou do povo brasileiro.
Luciana Frayha Righi
Belo Horizonte – MG
O poder das mulheres
Paulatinamente as mulheres assumem os postos de comando no Brasil
e no mundo. A matéria de capa de ISTOÉ é, sobretudo, oportuna.
Aqui em Caruaru aconteceu um fato bem interessante. Foi inaugurada
na cidade a delegacia de Polícia Federal. Para comandá-la, inicialmente, foi designado um delegado. Com pouco mais de um mês houve substituição, o delegado foi para o Recife e três delegadas tomaram posse. Atualmente, uma delas é a nova titular da Polícia Federal em Caruaru. “O poder do salto alto” (ISTOÉ 1796).
Severino Melo
Caruaru – PE
Não foi uma iniciativa do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, instituir o ano de 2004 como o ano da mulher e sim uma iniciativa do Poder Legislativo, tendo como autor do Projeto de Lei 192/2003 o deputado federal Maurício Rabelo (PL-TO), que “institui o ano de 2006 como o “ Ano da Mulher”, e tendo sido aprovado o relatório da deputada federal Laura Carneiro (PFL-RJ), modificando o ano de 2006 para 2004. O presidente Silva no uso de suas atribuições sanciona o projeto de lei tornando-se a Lei 10.745/2003.
João Paulo Borges
jornalista e assessor dos deputados
Maurício Rabelo e Laura Carneiro
Brasília – DF
Política
Fico aliviada ao ler ISTOÉ e constatar a postura imparcial, ética e profissional com a qual a revista vem tratando o caso Waldomiro. Em vez de lançar na mídia notícias e capas sensacionalistas, ela se preocupa em mostrar os fatos reais, atuando com seriedade e bom senso. Enquanto outros ficam parados esperando e torcendo pelo pior – sem perceber que o pior é o ruim para eles também, atingindo o País inteiro –, a revista vai em frente, traz notícias importantes, sem perder o foco no que está acontecendo dentro ou fora do ambiente político. É por isso que optei em ler esta revista há já alguns anos, pois sei que ISTOÉ não tem interesse em manipular minha opinião nem tentar se fazer passar pela melhor revista do País, embora o seja há muito tempo. Parabéns a toda a equipe e muito obrigada por serem objetivos, honestos e profissionais acima de tudo. “O jogo do jogo” (ISTOÉ 1796).
Ana Lúcia Silva
São Paulo – SP
É incrível e extremamente vergonhoso para uma brasileira ter a certeza de que, ao contrário do que cobra dela a sociedade, os governantes
que ela escolheu pregam aquele terrível provérbio “façam o que eu falo, não façam o que eu faço”. Como sobreviver à esperança de um dia ver tudo melhorar se ao ler meu meio de comunicação semanal me deparo com a mais terrível conivência com fatos que, no mínimo, deveriam
vir em forma de denúncia? Como acreditar que os políticos iam terminar justamente com os responsáveis pelo patrocínio de suas campanhas? “Transparência já” (ISTOÉ 1795).
Janaina Preterotto
Louveira – SP
Obstruir a CPI não muda a realidade que deu margem a ela, apenas absolve previamente os criminosos. No entanto, altera a estrutura do governo, pois em vez da decisão ser do presidente Lula e do PT, conforme o desfecho das urnas, passa a ser também do PMDB, que apoiou José Serra. Assim, os compromissos de campanha já eram.
Pedro do Couto
Rio de Janeiro – RJ
Escândalos que envolvem operadores de campanha e fragilizam partidos tiram do forno a reforma política. Devemos também solicitar nessa reforma a não obrigatoriedade dos eleitores brasileiros votarem, pois vivemos em um país democrático. Sem esta obrigação, quem realmente tiver consciência em votar não vai fazê-lo sem compromisso. Acabaria também com a facilidade de alguns políticos comprarem votos.
Renato Viana Fonseca
Belo Horizonte – MG
Estou indignado com o governo diante da situação dos bingos.
Através de uma denúncia foi tomada uma atitude radical contra
empresas que geram milhares de empregos, sem nenhum motivo
justo e real! Se há máfia, narcotráfico, lavagem de dinheiro e outras causas não comprovadas nem mesmo investigadas, que se faça
justiça, e não injustiça! Que investiguem, que punam os fora da lei,
que se faça uma lei!
Camila Benirschke
Niterói – RJ
Sou funcionária de um bingo há nove anos e queria humildemente entender o que estão fazendo com os milhares de trabalhadores de bingo. Como ficar desempregada, ter seus direitos rifados e da noite
para o dia ter sua imagem vinculada à escória da sociedade? Será que com o desemprego de milhares de pessoas o Brasil finalmente terá sua reputação resgatada?
Carla Slongo
Porto Alegre – RS
Lavanderia
Sobre a matéria “Bomba suíça “ (ISTOÉ 1795) devo, além de ficar envergonhada com a repercussão dos brasileiros corruptos no Exterior,
o que atinge a moral de todos nós, também parabenizar a coragem
da ex-senhora Pitta em relatar toda a sujeira do ex-prefeito de São Paulo. Percebe-se a necessidade de se ter a presença de pessoas
com boa índole e caráter em nosso governo. Outro brasileiro que
merece congratulações é o promotor Sílvio Marques, que mostrou competência e lealdade para com o que restou do povo brasileiro.
Luciana Frayha Righi
Belo Horizonte – MG
Transgênicos
Parabéns pela oportuníssima entrevista com a dra. Leila Oda, uma das cientistas brasileiras mais reconhecidas internacionalmente. É uma pessoa excepcional que luta para que a ciência, bem como o cientista brasileiro, não sejam “varridos para baixo do tapete”.
Gladis M. Rota
Pelotas – RS
Gostaria de parabenlizar a entrevista da dra. Leila Macedo Oda em relação aos transgênicos, aonde fiquei muito surpreso com o trabalho
da Fiocruz e da própria Embrapa. Acho que essas pesquisas podem
ser mais divulgadas, e agradeço à dra. Leila pelas explicações sobre
o tema biotecnologia. Seria bom fazer uma matéria que tivesse os assuntos biotecnologia, biossegurança, enfim tudo relacionado a essa área. Como falar com a ANBio.
Rita de Cássia Ramos
Rio de Janeiro – RJ
Concordo com a Leila. Chega de atraso. Viva e diga sim aos transgênicos.
Junei Rego
Livramento de N. Senhora – BA
Causa estranheza a posição da cientista Leila Macedo Oda ao afirmar
ser contra a clonagem e defender a clonagem tarapêutica. Ou se é contra ou a favor da clonagem e pronto. Por outro lado, ao afirmar que “só a clonagem terapêutica poderia salvar mais de cinco milhões de brasileiros” a ilustre cientista certamente não está informada de que
essa prática não obteve sucesso, enquanto o uso de células-tronco adultas (stem), oriundas da medula e de outros órgãos, da placenta,
do cordão umbilical, etc., já são utilizadas com sucesso no tratamento
de várias doenças genéticas. Querer sacrificar o embrião para usar células embrionárias não se justifica moral e eticamente. O cientista
deve se ater a princípios éticos e morais. Não há necessidade de sacrificar vidas para tratar um indivíduo ou salvar a vida de um outro.
As pesquisas com células-tronco já bem avançadas são moralmente aceitas e com resultados bem superiores aos das células-tronco embrionárias. “Sim aos transgênicos” (ISTOÉ 1796).
Humberto L. Vieira
Brasília – DF
Foi infeliz a escolha de Leila Oda para ser entrevistada. Reconhecida pelos cientistas sérios como lobista pró-transgênicos, Oda foi demitida
da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança em 2001 pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por incompetência.
Montou uma empresa disfarçada de associação para fazer lobby pró-transgênicos e, como mostram as matérias da Folha de S. Paulo, de 4/3/2004, fraudou a assinatura de representantes de associações científicas para enganar senadores que debatem um projeto de lei para os organismos geneticamente modificados. Ou seja: ISTOÉ deu espaço para uma lobista mostrar serviço.
Flávia Londres
São Paulo – SP
Essa pesquisa com esse mosquito transgênico, que vacina as pessoas, não existe na Fiocruz. Outro detalhe: Leila Macedo Oda não ministra mais aulas em nenhum dos cursos da Fiocruz.
Silvio Valle
São Paulo – SP
ISTOÉ responde: Bernadette Franco, presidente da Sociedade Brasileira de Microbiologia, esclarece que foram “infundadas” as
denúncias de assinaturas fraudadas sugerindo mudanças no projeto
da nova lei de Biossegurança. O Centro de Pesquisas René Rachou,
da Fiocruz, de Belo Horizonte, em conjunto com a Organização Mundial de Saúde, e instituições americanas desenvolvem um projeto cujo objetivo é criar um mosquito transgênico que possa bloquear o parasita da malária. Por último, a cientista Leila Oda informa que é professora convidada para ministrar aulas em várias instituições, entre as quais a Fundação Oswaldo Cruz.
Último playboy
A morte de Jorginho Guinle possui um simbolismo profundo. Morreu o homem que representou a fase áurea do Rio, o glamour, a felicidade de viver, a educação, a inteligência, o cavalheirismo, a elegância. Jorginho morre quando a cidade e a sociedade que ele representou já não mais existem. Morreu o playboy, mas também o pouco conhecido pensador, conhecedor de Wittgenstein, Hegel, Nietzsche, Marx e amante de sofisticados colóquios filosóficos. “O último bon vivant” (ISTOÉ 1796).
Everton Jobim
Rio de Janeiro – RJ
Oscar
Com uma atuação de gala, o cinema brasileiro bateu na trave. Não foi desta vez que conseguimos levar a estatueta, mas certamente estamos mais maduros. O governo brasileiro deveria dar mais atenção a esse setor que, além de criar muitos empregos, também difunde a cultura brasileira. “Rolo compressor” (ISTOÉ 1796).
Jefferson Garcia
Niterói – RJ
Paixão de Cristo
O filme de Mel Gibson nada tem de exagero ou de anti-semita. Nada
mais é do que a retratação do enorme sacrifício de Deus ao enviar
seu único filho para carregar os pecados da humanidade em suas
costas e ser sacrificado por isso! Quem lê ou já leu a Bíblia algum dia, com certeza, não discordará que o filme é fiel às Escrituras e não descarrega nos judeus nem nos romanos a culpa pela morte de
Jesus. Muito pelo contrário, só explica como tudo se deu. “Afaste
de mim este filme” (ISTOÉ 1796).
Ana Lidia Moniz Hardman
Nova Orleans – EUA
Futebol
Gostei muito da reportagem e fiquei feliz ao saber que Kaká está bem na Itália. Fui seu primeiro professor de educação física e quem recomendou à sua mãe que o colocasse em uma escola de futebol. Também disse a ela, em várias ocasiões, que ele chegaria à Seleção Brasileira. Na época, ele só tinha sete anos. Hoje, estou aposentado por doença e sinto saudades do Kaká menino e muito orgulho do Kaká jogador, que é exemplo para tantos jovens. “Lua-de-mel à italiana” (ISTOÉ 1796).
Professor José Carlos Montoro
Birigui – SP
EUA
A arrogância e o orgulho do presidente americano George W. Bush
não contam com reversão de campanha. O voto hispânico, que é um número considerável, pode não totalizar a esperança conservadora. Chegará um momento em que a pressão e a influência americanas
podem não gerar tanto medo. Vamos aguardar e torcer para que
essa demonstração de “estabilidade legítima” dos homossexuais
através de casamentos surpreenda nas eleições. Parabenizo ISTOÉ
pela matéria e por sua importância por se tratar de um ano eleitoral. “Pare…Agora!” (ISTOÉ 1795).
Jane Farinazzo
Salvador – BA
Cursinhos populares
Causaram grande estranheza algumas declarações referentes aos vestibulares da USP, atribuídas a Frei Davi dos Santos, da Educafro, publicadas pela ISTOÉ 1794 na reportagem “Mais perto do canudo”. E por quê? Procurando discutir cada uma das afirmações feitas, a Fuvest, responsável pela organização e aplicação dos vestibulares da USP, observa que: Não é verdade que as questões proponham temas que fujam do âmbito da alçada do ensino médio. Não é verdade que os vestibulares da USP utilizem “macetes de cursinhos comerciais”, que, se acredita, tanto a USP quanto a Fuvest ignoram – se é que tais “macetes” existem, conforme proposto por Frei Davi dos Santos. Tampouco é verdade que “o vestibular da USP seja o mais elitista do País”. (sic) Pode ser o vestibular mais concorrido, o mais procurado e disputado por um número bastante elevado de pessoas. Daí resulta ser a relação entre candidatos e vagas, na USP, mais apertada e bem diferente das de outras escolas-irmãs. E isso nada tem a ver com elitismo. Não é elitismo desejar que sejam aprovados, em uma boa universidade pública, alunos egressos do ensino médio e que se
revelem os mais bem preparados. Não é elitismo, tampouco, o fato de a USP – “uma das 20 melhores universidades do mundo” – manter, por exigência de qualidade e economia, a estrutura comum às grandes escolas superiores, qual seja, a de possuir numerus clausus.
Se a USP é procurada anualmente por cerca de 160 mil candidatos
a seus vestibulares e se dispõe, hoje, de aproximadamente 8.800
vagas, é obrigação da Fuvest organizar um processo seletivo que
indique os melhores.
Profa. Dra. M. Thereza Fraga Rocco
Vice-diretora executiva da Fuvest
São Paulo – SP
Sou professor de matemática. Leciono em uma escola da rede particular de ensino e também em cursinhos já há 33 anos. Toda iniciativa que visa dar atenção aos mais carentes é sempre bem-vinda. Me refiro aos cursinhos populares. Gostei muito da matéria publicada na ISTOÉ e concordo com tudo que o Frei Davi afirma, exceto quando diz que o vestibular da USP não corresponde ao que os alunos aprendem na escola e usa macetes dos cursinhos comerciais. Vendo sob outro ponto de vista, o que acontece é que em geral as escolas não ensinam o que está no programa do ensino fundamental e médio, que é exatamente o programa da Fuvest. Por outro lado, duvido muitíssimo que algum membro da banca examinadora da Fuvest esteja preocupado com os macetes dos cursinhos, aliás eu também não sei quais são eles. Acredito que a maioria da população brasileira, onde se incluem os profissionais da educação, sabe que é preciso melhorar a qualidade do ensino fundamental e médio. Quem sabe, quando os dirigentes deste país perceberem que desenvolvimento só se consegue com educação e saúde, as coisas de fato comecem a melhorar.
Ubirajara Favilli
São Paulo – SP
Fundef
Os peritos assistentes – André Luís Rocha Roberto e Vander de Castro Neves – então indicados pelo senhor prefeito municipal de Martinho Campos, frente à Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI de nº 001/2002, trazem a público, através do direito de resposta – e suas condições – previsto na Lei nº 5250/67, art. 29, e na Constituição Federal, art. 5º, inc. V, sua irresignação quanto aos termos utilizados pelo jornalista responsável, na reportagem “Tramóia federal” (ISTOÉ 1793). Estes signatários discordam da matéria, especialmente na parte que faz referência aos laudos técnicos – contábil e de informática. Como já asseverado, fomos contratados pelo senhor prefeito municipal, na condição de assistentes, e nesse aspecto nos parece que o senhor jornalista desconhece tal função. Daí urge a necessidade de esclarecermos que na ocasião discordamos na íntegra dos laudos da lavra do senhor perito oficial, inclusive devido ao mesmo não estar habilitado para conhecer do laudo de informática por não possuir a habilitação técnica necessária. Tanto em aspectos contábeis como nos de informática, não reunimos elementos suficientes para acusar o famigerado superfaturamento, pelo contrário, a escrita da prefeitura municipal, apesar de conter alguns vícios (inconformidades), estava em quase sua totalidade devidamente acobertada. Ficamos surpresos com a maneira inocente e/ou tendenciosa pela qual os fatos foram relatados, fazendo supor que teríamos afirmado fatos absurdos, sem nenhum amparo legal; ficando patente a ausência de conhecimento do senhor repórter na área de contabilidade pública municipal. Infelizmente, os procedimentos que vêm sendo adotados nas câmaras municipais visam tão-somente o aspecto político, e como se pode perceber na matéria em questão, as pessoas alheias à área pública não possuem o conhecimento técnico necessário para analisar os fatos que a envolve; ficando clara a intenção precípua de tão-somente se cassar o prefeito municipal. Uma breve análise nos laudos suplementares por nós emitidos mostra a outra face desse litígio, ficando evidente a ausência de provas para acusar um superfaturamento. O projeto Iteal é audacioso na área educacional e caro numa primeira análise, sendo necessário apurar num determinado período a relação custo / benefício para aferir sua viabilidade.
Vale lembrar que somos profissionais habilitados na forma da legislação em vigor e merecíamos mais respeito na hora de sermos citados numa matéria jornalística de grande impacto. Se tivéssemos sido procurados, com certeza daríamos as explicações técnicas necessárias. Desde já colocamos à disposição da redação desta revista cópias dos laudos suplementares então emitidos, e solicitamos imediatamente a correção dos fatos narrados erroneamente, no intuito de restabelecer a verdade.
André Luís Rocha Roberto
Belo Horizonte – MG
ISTOÉ responde: De fato, o laudo que comprovou o superfaturamento e levou à cassação do prefeito de Martinho Campos (MG) é assinado pelo perito Mário Lúcio dos Reis. André Luís Rocha Roberto e Vander de Castro Neves, nomeados a pedido do prefeito, não concordaram com o resultado da perícia.