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Desde a década de 1970, o fotógrafo mineiro Rômulo Fialdini é a principal referência no campo da reprodução de imagens de obras de arte. Ele ainda desenvolve reproduções técnicas, mas finalmente o público poderá conhecer outro lado da produção deste que também se revela um grande artista. A mostra ?Pensei Que Fosse Só Eu?, em cartaz a partir do sábado 2 de fevereiro, apresenta 24 imagens que abrangem 30 anos do trabalho autoral de Fialdini. ?A obra de Fialdini também pode ser entendida sob o ponto de vista da experimentação. Ao longo dos anos ele sempre se dedicou a fazer um registro da paisagem urbana, mas de uma maneira universalista, em que o contexto pouco importa diante da composição formada pelos elementos arquitetônicos ou vestígios humanos. É como se ele fosse um flaneur?, explica a curadora Galciani Neves, que, com o artista, selecionou para a publicação 100 imagens de um arquivo de oito mil fotografias pessoais realizadas desde a década de 1970. ?A princípio seria um livro de retratos, mas fomos descobrindo juntos que sua experimentação tende mais à arquitetura e à paisagem urbana. Os retratos aparecem, mas são mais incidentais. As fotos mostram personagens anônimos ou vestígios da ação humana nas cenas fotografadas?, comenta a curadora. Com título homônimo ao da mostra, será lançado na ocasião da abertura da exposição um livro com fotografias em preto e branco, incluindo as imagens presentes na mostra.