Como nas chanchadas brasileiras dos anos 60, o inglês Will Lightman (Hugh Grant) vive bolando truques para conquistar garotas, como inventar que tem um filho e daí passar a frequentar reuniões de mães e pais solteiros. O expediente dá certo até que o galã conhece Marcus (Nicholas Hoult), um garoto de 12 anos cuja mãe, Fiona (Toni Collette) – uma hippie renitente e solteira –, entra em depressão suicida. Baseado no livro de Nick Hornby, escritor queridinho dos ingleses, a produção franco-anglo-americana consegue ser simpática, apesar dos antecedentes dos diretores, os irmãos Paul e Chris Weitz, que realizaram a baboseira American pie – a primeira vez é inesquecível. Grant e Toni estão ótimos nesta mistura de comédia e drama. As cenas em que Fiona interpreta, emocionada, Killing me softly, por exemplo, são de rolar de rir. De quebra, há a presença deliciosa de Rachel Weisz, outra mãe solteira na mira do lobo que não é de todo mau. (L.C.)
Vale a pena