30/10/2002 - 10:00
A onda Lula que na véspera do primeiro turno varreu o Brasil de ponta a ponta, levando diversos candidatos petistas à disputa do segundo turno nos Estados, não se repetiu nos últimos dias com a mesma intensidade. Em Santa Catarina, porém, o apoio do presidente eleito ao peemedebista Luiz Henrique da Silveira acabou sendo decisivo. Nos últimos dias de campanha eleitoral, o peemedebista usou e abusou da presença de Lula no horário político. O resultado é que poucos devem estar sentido tanto a derrota neste segundo turno como senador Esperidião Amin, candidato do PPB ao governo catarinense.
No início da disputa eleitoral no Estado, os institutos de pesquisa mostraram várias vezes que ele tinha mais de 50% das intenções de voto, com fortes chances de liquidar a parada ainda no primeiro turno. Dias antes do 6 de outubro, no entanto, Amin começou a perceber que o PT teria força para alterar o resultado da eleição. Abertas as urnas do primeiro turno, Amin terminou a primeira etapa da eleição com menos
de 40% dos votos válidos. Durante todo o segundo turno, a disputa ficou parelha, mas o apoio do presidente eleito falou mais alto,
principalmente no interior do Estado (a mulher de Amin, Ângela, é prefeita da capital), e Luiz Henrique disparou, superando o velho líder catarinense. Além dele, o PMDB conseguiu eleger Germano Rigotto no Rio Grande do Sul e Roberto Requião no Paraná, tornando-se uma força política muito forte no Sul do País.