Na montanha-russa eleitoral, poucos são os loopings nos números da segunda rodada da pesquisa ISTOÉ/Toledo & Associados para governador e senador pelo Estado de São Paulo. Paulo Maluf (PPB) lidera com 36% das intenções de votos para governador contra 21% de Geraldo Alckmin (PSDB), seguido à distância pelo candidato do PT, José Genoíno, com 11%. Apesar da pouca variação, se comparada à pesquisa realizada em maio, os resultados da amostra – feita entre 8 e 11 de junho, com 1.234 entrevistados – apontam que a retirada do nome de Luiza Erundina (PSB) da avaliação beneficiou Genoíno, ainda que dentro da margem de erro, que é de 2,8%. Mesmo sem crescer, o tucano Alckmin continua liderando o ranking da segunda escolha. Ele é o preferido de 20%. Em segundo lugar, está Orestes Quércia (PMDB), com 16,9%, e, em terceiro, Francisco Rossi (PL), com 14%. No caso de impedimento, renúncia ou desistência, Alckmin leva 27,7% dos votos de Maluf; 15,2% dos de Quércia; 28% do eleitorado de Genoíno; e 34% de Rossi.

O efeito Copa do Mundo, conforme pesquisa nacional publicada na edição passada, também foi sentido neste estudo, ainda que tenha aumentado em 3,3 pontos porcentuais (de 20,2% para 23,5%) o número daqueles que já têm candidato para o Palácio dos Bandeirantes. Destes 23,5% que têm candidato, 83,8% disseram ser a escolha definitiva, contra 15,5% que admitem mudar de voto. Maluf continua sendo o nome com maior índice de rejeição (26%), seguido por Quércia (16%), Genoíno (7%) e Alckmin (6%). Dos 26% que não votam em Maluf, 36,6% consideram o ex-prefeito desonesto, não confiam nele e o acham falso. Quanto ao tucano, 21,6% daqueles 6% que o rejeitam dizem não gostar do candidato, não confiar nele, além de achá-lo inexperiente. Quanto ao petista José Genoíno, 42,2% dos 7% que não votam nele imputam ao PT o motivo da rejeição. Segundo o diretor-geral do instituto, o sociólogo Francisco José de Toledo, pesa sobre Genoíno o fato de ele ser o candidato menos conhecido do eleitorado de São Paulo. Toledo ressalta que os níveis de rejeição registrados não oferecem risco aos candidatos que estariam no segundo turno das eleições. “Só quando atingem entre 35% e 33% é que se torna muito difícil vencer numa segunda etapa.”

Para o Senado, a surpresa fica por conta de Aloizio Mercadante, que assume a segunda colocação no ranking com 20%, ressalta Toledo. Apesar de uma queda de 3,1 pontos porcentuais (passou de 36,1% para 33%), Romeu Tuma continua liderando a disputa. Quércia cai para terceiro lugar, passando de 23% para 19%. O número de eleitores que não votam em nenhum dos candidatos ao Senado apontados na listagem dobrou. Passou de 6,8% para 12%. O número de indecisos disparou de 1,8 para 6%. Os acordos políticos e a entrada da propaganda eleitoral gratuita, que começa em agosto, serão, segundo especialistas, uma espécie de injeção de adrenalina nos números da corrida eleitoral em São Paulo. O sobe-e-desce está só no começo.