Diabético, o ex-porteiro paulista Cláudio Aparecido Donizeti, 31 anos, só tinha duas alternativas: a chance de ser submetido ao transplante do pâncreas e de um rim ou a morte. Há cinco anos, a diabete lhe tirou a visão, o condenou a três sessões semanais de hemodiálise e o colocou na longa e desesperante fila de espera de órgãos de doadores. A sua salvação veio de Rio Branco, no Acre, distante 3,6 mil quilômetros do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde ele estava internado. Os órgãos de que Cláudio tanto necessitava foram doados pela família de um jovem que morreu de traumatismo craniano. Detalhe: foi essa a primeira vez que o Acre doou órgãos sólidos para transplante. E nunca doador e receptor estiveram tão distantes um do outro em terras brasileiras. ISTOÉ conversou com o médico