style=”text-align: justify”>O compositor, ator e escritor Mário Lago costumava dizer que tinha feito um acordo de coexistência pacífica com o tempo: “Nem ele me persegue nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra.” Mário Lago teve esse encontro serenamente marcado na quinta-feira 30, aos 90 anos. Ele morreu em sua casa, no Rio de Janeiro, em decorrência de um enfisema pulmonar. Há dois meses respirava com a ajuda de aparelhos. O seu último trabalho na tevê foi interpretando um cientista na novela O clone. Militante comunista convicto (foi preso seis vezes), Mário Lago também foi um boêmio bom de copo e de música. Certa vez, um outro militante chamou-lhe a atenção dizendo que não ficava bem um comunista frequentar bordéis. Mário respondeu: “Sou um bolchevique sexual.” Para a música brasileira, ele deixa clássicos como Nada a