O próximo domingo, 6 de outubro, é o dia mais importante para o
Brasil neste início de século. Na maior eleição do planeta, 115.271.811
de brasileiros e brasileiras escolherão o presidente da República que,
nos próximos quatro anos, irá governar o País. E, seja ele quem for,
terá que comandar a Nação em um de seus momentos mais delicados,
de grave crise econômica. Os candidatos a segurar o leme do barco
em meio à tempestade se encontraram no último debate realizado na Rede Globo, na noite de quinta-feira 3, que foi quase uma repetição
do ocorrido na Rede Bandeirantes, o primeiro. Ciro Gomes mostrou didática clareza; Lula, sua habitual tranquilidade; e Garotinho, suas qualidades de retórica e de oratória, aprimoradas como radialista. E,
de novo, todos bateram em Serra. Sobrou também para Lula quando Garotinho, com marota maestria, tirou do fundo da cartola uma
pergunta sobre uma tal de Cide – Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico –, que Lula não sabia o que era. Apesar de tudo,
o petista não se abalou e continuou impassível.

A leitura das últimas pesquisas ISTOÉ/Toledo&Associados, Ibope
e Datafolha não permite cravar que a eleição se resolverá no
primeiro turno. Nem o contrário. O candidato do PT está muito
perto, e a militância petista pode fazer a diferença. Ao mesmo
tempo, Serra, que subiu dois pontos no Datafolha enquanto
seus adversários permaneciam inalterados, pode adquirir importante energia para a reta final. Já Garotinho garante estar no segundo
turno com Lula. Mas a decisão mesmo é sua, leitor. Capriche no
seu voto. O Brasil merece uma boa escolha.