O casamento dos príncipes da
Espanha Felipe de Bourbon e Letizia Ortiz, no sábado 22, bateu recorde de audiência na história da televisão espanhola, com 25 milhões de espectadores. Do lado de dentro da cerimônia, entretanto, a audiência deixou a desejar. A presença de chefes de Estados latino-americanos foi quase inexpressiva. Faltaram os presidentes do Brasil, do México e da Argentina, e os jornais locais não pouparam críticas ao descaso. Afinal, tratou-se da primeira boda real celebrada na Espanha em 98 anos.

As novas princesas da monarquia européia, porém,
brilharam em seus modelitos de alta-costura e tornaram-se
as estrelas da festa. Sempre elegante, Carolina de Mônaco portava um Chanel, composto por jaqueta azul, bordada
e desfiada, e saia baixa, na altura do joelho. Exatamente
como manda o protocolo. “Em casamentos durante o dia, evitam-se as saias longas. O modelo ideal é um acima
ou na altura do joelho”, ensina a consultora de moda da
revista Vogue, Jennifer Bauser.

Nesse sentido a rainha Raina, da Jordânia, apesar de
linda, pisou na bola com o modelo de Givenchy Couture, composto por uma camisa de seda branca e e uma saia vinho longa. A noiva, entretanto, brilhou. Escolheu Manuel Pertegaz, um estilista local para desenhar seu vestido de seda com fios de prata. Na cabeça, a tiara de ouro branco e brilhantes com a qual se casou a rainha Sofia. Mas o estilista Paco Rabanne não deixou por menos ao comentar a criação do colega: “É um horror. Tem um corte tão feio que deixou a princesa com cara de pássaro”. De qualquer maneira, o casamento vai ficar na memória dos espanhóis – mesmo para aqueles que insistem em ser do contra (leia quadro) e protestam no meio da festa.