Juros

Difícil é entender a política econômica brasileira, pois, se o governo aponta
para um crescimento superior a 3% ao ano, como entender a decisão do
Copom em manter a taxa Selic em 16% anuais? Dessa maneira, o mark-up das empresas fica comprometido e consequentemente os investimentos são menores. Os dirigentes da nossa política econômica estão cada vez mais equivocados, deixando transparecer uma vulnerabilidade quanto às políticas macroeconômicas adotadas. Basta um espirro na economia americana ou em qualquer outra parte do planeta para se deflagrar uma campanha contra a pneumonia. Se esse governo não ousar, passaremos mais um período marcado pela estagnação. “Por que os juros não caíram” (ISTOÉ 1807).
Valdemir Vargas Junior
Florianópolis – SC

Lula x NY Times

 

Mesmo causando o maior estardalhaço na imprensa mundial, já estava na hora de o governo brasileiro dar um “chega pra lá” nas reportagens abomináveis, como essa do The New York Times, elaborada com o firme propósito de desqualificar o Brasil internacionalmente e assolar a auto-estima do nosso povo. “O Brasil não é governado por um alcoólatra” (ISTOÉ 1806).
Luiz Carlos Lopes Santana
Manaus – AM

Eu quero saber qual ser humano em pleno gozo de suas faculdades mentais não faria o que Lula fez. Agora, porque é americano ou porque é repórter, sinto muito, não importa se é o rei das Arábias. Ele não está falando do Lula, mas, sim, do Brasil, tecendo comentários pra lá de preconceituosos. E se um repórter tupiniquim falar mal da instituição Mister President?
Marcelo Mariotti
Cascavel – PR

Lamentáveis as atitudes corporativistas da mídia brasileira e internacional, quando saíram em defesa do jornalista Larry Rohter. Nós sabíamos que a imprensa não deixaria o seu colega desprotegido, mas criar uma máscara em defesa, afirmando que o governo Lula agiu contra a Constituição federal e que o povo estava em defesa do jornalista, isso é um absurdo.
Antonio A. Mota
S. Antônio de Jesus – BA

O que me assusta é quando o Lula está sóbrio, pois sóbrio ele pediu o cancelamento do visto de um repórter, colocou o chapéu do MST, comprou avião e viaja constantemente, compara sequestrador com repórter – além de defendê-lo dizendo que o sequestrado já está morto – e dá aumento de R$ 20 para o salário mínimo. Sou eu que estou louco? Estou mais preocupado do que nunca, pois o Brasil está sendo dirigido por um homem sóbrio que ficou ofendido demais por ter sido chamado de alcoólatra.
Edson da Silva
Curitiba – PR

Concordo plenamente com a atitude de nosso presidente, pois não se pode confundir liberdade de imprensa com falta de respeito, com qualquer pessoa, principalmente com o presidente da República. Esse jornalista deveria ser proibido de entrar no País, até que o NYT divulgasse uma nota pedindo desculpas pela matéria publicada em seu jornal.
Eric Robert Schinkoeth
Porto Alegre – RS

Isso que foi feito é uma falta de respeito à Nação. E liberdade não é isso, nem de imprensa, nem do que quiserem chamar, pois liberdade não é ferir a dignidade de ninguém, muito menos de um povo.
Marlene da Costa Mello
Aracaju – SE

Foi um desrespeito. Imagine se um jornalista brasileiro, morando nos Estados Unidos, fizesse a mesma coisa. Será que os jornais, a televisão, as rádios e a democrática sociedade americana aceitariam passivamente? E o presidente Bush iria aplaudir, batendo palmas?
Emmanuel de Jesus Saraiva
São Luís – MA

FHC

Muito boa a matéria com o ex-presidente Fernado Henrique Cardoso, sem dúvida a maior liderança política do País: ético, inteligente e honesto (características de poucos políticos). Parabéns a ISTOÉ, que sempre traz boas entrevistas. “FHC inaugura seu instituto” (ISTOÉ 1807).
Pedro Sergio Ronco
Ribeirão Bonito – SP

Naturalmente, FHC não entende nada quando se trata de fazer algo a favor do Brasil, pois em seus oito anos de desgoverno ele apenas soube fazer tudo contra o Brasil, sucateando tudo e todos, colocando o País de joelhos perante o G-7. É natural também que ele não entenda que não se faz festa nem se brinca com o dinheiro do povo, pois ele fez “grandes coisas”, como elevar o real ao valor do dólar, que todos sabem que foi a maior farsa da história brasileira. Pintou e bordou com dinheiro emprestado, levando o País a uma dívida trilionária, que será mesmo uma herança maldita para a posteridade.
Rosa Maria Close Lewellen
Maryland – EUA

Não é de espantar porque Bill Clinton, Tony Blair, Jacques Chirac e até mesmo o presidente russo Wladimir Putin, entre outros, são literalmente fãs desse brasileiro chamado Fernando Henrique Cardoso. Este senhor de charme e inteligência inconfundíveis e não muito comuns em políticos nacionais tem respeito e prestígio internacional jamais visto na nossa história política. E mudou este país muito mais para melhor do que para pior, por isso é tão admirado mundo afora. Só não enxerga isso quem não quer. Ele ainda dá uma aula de ética ao dizer que não fala mais sobre política. Parabéns a ISTOÉ por sempre trazer reportagens interessantes com pessoas interessantes!
Danillo Machado Bitencourt
Goiânia – GO

Ironicamente, como é seu hábito, FHC diz que o governo Lula está começando. Depois de oito anos de “reinado”, ele deixou a casa tão desarrumada que o governo demorou um ano para arrumá-la, embora ainda esteja faltando algumas coisas. Agora, como disse ele, o governo está começando e muito bem: o nível de emprego e a produção da indústria não cresciam tanto desde 1992 (governo Itamar). A política externa vai muito bem e as exportações, bem, essas vão muitíssimo bem, obrigado.
Renato Pinheiro
Belo Horizonte – MG

China

Assim como Lula já havia ido ao Egito, Síria, Líbano, Emirados Árabes e Líbia,
essa viagem de agora também tem cunho de intercâmbio socioeconômico e cultural. Com os árabes foram fechados diversos acordos e com a China o mesmo deverá ser efetivado. Isso é bom para o Brasil, que começa a se desligar um pouco da quase obrigação de praticar comércio e relacionamentos diversos apenas com americanos e europeus. O mundo é muito maior. Ampliar e estreitar relações com outros países, em todos os sentidos, é lucro para o Brasil e para nós, povo brasileiro. “Passagem para a China” (ISTOÉ 1807).
Fernando Al-Egypto
Rio de Janeiro – RJ

Quem poderia imaginar que, um dia, todas as soluções para resolver os imensos problemas que temos hoje no Brasil viriam justamente da China… país asiático que fica do outro lado do mundo e com a maior população do planeta? Isso é o que ficou evidenciado nas palavras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pronunciamento feito pelas cadeias de rádio e televisão um dia antes do seu embarque, levando consigo uma comitiva de 400 empresários. Quem viu ou ouviu o pronunciamento do presidente ficou com a impressão de que lá está a solução para o Brasil. Mas fica uma dúvida que não quer calar: com essa nossa taxa de juros no patamar de 16% ao ano, uma das mais altas do mundo, o espetáculo do crescimento continua a ser adiado, e só Deus mesmo poderá nos salvar de que, em 2004, nossa economia continuará andando de marcha a ré e tudo ficará só no discurso.
Turíbio Liberatto
S. Caetano do Sul – SP

Sempre é bom lembrar que boa parte dos produtos chineses chegam ao Brasil
com preços ridiculamente pequenos em razão da mão-de-obra praticamente escrava, devido aos baixíssimos salários, afrontando as normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT). E ninguém se importa com isso. Penso que nesse processo de incremento das relações comerciais entre Brasil e China – em que pese a importância indiscutível para o País em face das grandes perspectivas de exportação – esse é um aspecto que deve ser levado em consideração e colocado em pauta. Vamos exportar mais para a China, mas na contrapartida teremos de importar mais. Se nada for feito, estaremos incentivando a mão-de-obra “quase escrava” chinesa, com violação aos direitos humanos.
Milton Córdova Junior
Brasília – DF

Mário Novello

Parabéns pela brilhante entrevista com o sr. Mário Novello. É fundamental
que revistas como ISTOÉ prestigiem essas brilhantes mentes que, heroicamente, lutam pelo progresso científico brasileiro. É muito estimulante, como graduanda
de fisica, saber que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo ensino superior no Brasil, ainda há mentes como a do sr. Novello, que driblam
as dificuldades, orgulham o Brasil e engrandecem ainda mais a fisica.
“Contramão premiada” (ISTOÉ 1807).
Georgia Priscilla Silva Souza
Riacho dos Machados – MG

É lamentável constatar que o governo brasileiro pouco investe em pesquisa
científica. Basta olhar para os vestibulares e ver que a concorrência para os cursos de exatas é ínfima se comparada à concorrência para os cursos de humanas. O Brasil só tem a ganhar ao investir em tecnologia. Basta lembrar que no sistema capitalista a inovação tecnológica é imprescindível.
Tiago Pimentel Victório
Rio de Janeiro – RJ

A entrevista com Mário Novello reporta, nas entrelinhas, ao posicionamento do Movimento Nova Era, o qual é bem trabalhado no livro Deceptions and myths of the bible, do americano Lloyd M. Graham. Tanto o autor americano quanto o físico brasileiro trabalham com o conceito de evolution and involution, isto é, todas as coisas (universo, vida, espíritos) evoluem e regridem na evolução, tornando-se eternos retornos em ciclos. Impressionante é saber que os europeus desconhecem essa abordagem americana e premiam a mesma idéia apontada por um físico brasileiro. Enfim, temos nessa entrevista mais uma droga americana erradicada na Europa e importada para o Brasil, cujo objetivo é reforçar as idéias americanas como inigualáveis e possíveis de destruir o próprio Deus.
Ademar de Oliveira Lima
Belo Horizonte – MG

Olho

Parabéns pela excelente matéria “Olho no futuro” (ISTOÉ 1807). A revista conseguiu informar o leitor de forma didática e precisa com o que tem de mais atual sobre os tratamentos oculares. Com relação à descrença dos colegas com a ceratoplastia condutiva para presbiopia, a classe médica é assim mesmo, como bem dizia o meu mestre russo o prof. Fyodorov (que inventou a cirurgia refrativa ): “Quando uma técnica nova é lançada, os colegas dizem primeiro que é mentira; quando você prova que é verdade eles, então dizem que a técnica não é boa; e, quando você prova finalmente que a tecnica é boa, eles dizem que a técnica já é superada”.
Etelvino Coelho
Belo Horizonte – MG

Parabéns pela matéria que nos informou de forma muito didática e educativa as soluções para os transtornos da visão.
Carlos Morici
Belo Horizonte – MG

 

História

Como ex-aluna do criminalista Fernando Augusto Fernandes, da Universidade Estácio de Sá, alegro-me que outros possam ter acesso a suas idéias críticas, que despertaram muitas indagações para nós alunos. “Em nome da lei” (ISTOÉ 1807).
Selma dos Santos
Rio de Janeiro – RJ

Fotografia

Parabenizo o fotógrafo Vincent Rosemblat pela sensibilidade demonstrada ao idealizar um projeto em que jovens favelados têm oportunidade de mostrar facetas diferentes das que estamos acostumados a ver e estigmatizar. No lugar da violência, sonhos comuns a toda humanidade, independentemente de classe, cor ou credo. “Um olhar diferente” (ISTOÉ 1807).
Márcia Vieira
Montes Claros – MG

Corrupção

Gostaria de parabenizá-los pela excelente matéria “Em ritmo de quadrilha” (ISTOÉ 1805). Muito oportuna a reportagem, que retrata fielmente os meios e como funcionam os esquemas para desviar os já minguados recursos que deveriam ser aplicados na educação e saúde, melhorando a qualidade de vida do povo brasileiro.
Eduardo Andre Gaievski
Realeza – PR

Caderno Educação

Quero cumprimentar a revista pela reportagem “Os otimistas e os nostálgicos” e pelo especial ISTOÉ Próxima Geração, edição 1807. Ficou tudo muito bom, um belo serviço para os leitores. Muitas vezes oferecemos dados a veículos e, não raro, ficamos até constrangidos com a paupérrima utilização. Não estou falando em citar a fonte, etc., mas sim de entender o que há por trás dos números e gráficos, de saber projetá-los, interpretá-los e, principalmente, de fazer com que tenham sentido a quem estiver lendo. Enfim, de prestar o serviço a que se destinam os veículos de comunicação ao público.
Roberto Zammataro Diretor da Pró Pesquisa Opinião e Mercado
Campinas – SP

Parabéns a ISTOÉ pela reportagem sobre esse assunto polêmico que são as cotas. Penso que ele deveria ser discutido por toda a sociedade e com bastante profundidade. Para mim, a incompetência dos governos na distribuição de renda e na melhoria do ensino básico público vem motivando a criação de remendos, para mostrar resultados numéricos imediatos, apenas com interesse político. “A polêmica das cotas” (ISTOÉ 1807).
Olímpio Rudinin Vissoto Leite
Santos – SP

Certamente, esses jovens bem-nascidos são contra qualquer sistemas de cotas nas universidades públicas, pois desconhecem a realidade de outros 85% de estudantes que “estudam” nas escolas públicas. Estes, que foram esquecidos, não têm a mínima chance de concorrer com eles, pois a lógica perversa que impera no País é a de que universidades públicas somente são para os mauricinhos e patricinhas. Para aqueles que não podem ter o mesmo privilégio, fica somente o sonho de cursar uma universidade e serem, a cada ano, empurrados para fora das escolas sem o mínimo de conhecimento adequado para continuar a estudar e, quem sabe um dia, ter um curso de nível superior. .
Carlos Roberto da Silva
Itajubá – MG

É com extremo desgosto e vergonha que vejo a torta visão de futuro do nosso Ministério da Educação, regido pelo sr. Tarso Genro, no projeto de cota de 50% em universidades para estudantes de escola pública. Sem dúvida, o governo esqueceu de enxergar perifericamente que a qualificação de profissionais é dada desde o inicio de sua formação e que a tentativa de omitir o descaso com a rede pública só não é vista pelos olhos não oniscientes da parcela carente da população, futura “beneficiada” por mais uma indisciplina do Ministério da Educação
Pedro Ricardo Caixeta
Goiânia – GO

Acredito que não há como comparar os alunos de ontem com os de hoje. O mundo mudou radicalmente nos últimos 20 anos. A globalização tornou as informações mais rápidas e fáceis. Tudo é urgente e instantâneo. Os nossos alunos estão enfrentando um mercado de trabalho que valoriza mais a criatividade, a iniciativa, a ousadia e o jogo de cintura e não mais o conhecimento descontextualizado. A escola precisa mudar, tanto a particular como a pública. As escolas particulares têm condições de se adequar, de se modernizar e acompanhar os avanços tecnológicos e sociais que surgem, mas a escola pública está agonizando! De nada adianta o governo estabelecer cotas em universidades para negros, alunos carentes ou oriundos de escolas públicas, se um investimento sério não for feito na melhoria da escola básica e na valorização de seus profissionais. Não se constrói um arranha-céu sobre os alicerces de um barracão! A política educacional atual transformou a escola pública numa produtora em série de analfabetos “diplomados”. As iniciativas que ocorrem aqui e ali, projetos como os “Amigos da Escola” são válidos, mas apenas paliativos. É premente que se faça uma ampla e verdadeira discussão sobre os tristes rumos tomados pela escola pública no Brasil. As estatísticas são irreais e mascaram uma verdade cruel. A escola para todos continua segregando seus alunos, que necessitam de medidas paternalistas, como o sistema de cotas universitárias, para seguirem uma carreira. Acredito que só uma educação de qualidade, que seja realmente capaz de oferecer oportunidades iguais aos seus diferentes alunos, modifique o quadro de injustiças sociais, miséria e corrupção que assolam nosso país!
Junia Paixão Mendes de Castro
Carmo da Mata – MG