Valorizado pelas ilustrações de Victor Tavares e trazendo notas de rodapé com a tradução dos vocábulos na língua tupi-guarani utilizados no texto, o livro dedicado ao público infanto-juvenil conta a história de um pequeno índio que se vê trancado num foguete. A idéia nasceu há
30 anos, quando Tavares passou seis meses no Parque Nacional do Xingu, na companhia dos irmãos Villas-Boas, célebres sertanistas. De contexto atual e urgente – o lançamento será no sábado 19, Dia do Índio –, o enredo vem na corrente contrária das barbáries ocorridas em Brasília e no Rio Grande do Sul, em que índios foram queimados por jovens brancos de classe média. Tavares, que também é compositor, poeta e publicitário, faz um trabalho frequentemente voltado para os valores construtivos. Com Aritana, ele imprimiu um jeito doce e divertido de
falar a sério. (Luiz Chagas)