Por onde andam a paraguaia Perla, a dupla Jane e Herondi e Eduardo Araújo? E Luiz Caldas, Kátia e Núbia Lafaiete? É só ligar a televisão no SBT nas noites das quartas-feiras e se encontrará toda essa turma de artistas que já fez muito sucesso no passado no alegre programa Rei Majestade. Além dos convidados, é claro que faz diferença no programa, e muita diferença para o bem, o fato de ele ser apresentado por Silvio Santos – ou seja, é garantia de alto-astral. É claro que Silvio Santos não freqüenta as festas Trash 80 em São Paulo nem as noites Ploc no Rio de Janeiro. Mas conta a sua intuição e, assim, a sua gincana entre artistas garimpados no fundo do baú tem feito a felicidade de jovens que atualmente cantam e dançam ao som de clássicos bregas como Conga la conga, de Gretchen, ou O amor e o poder (como uma deusa), da cantora Rosana. A cada programa, os convidados participam de disputas musicais, cantando sucessos antigos e canções atuais. Mais para a frente, todos os vencedores serão reunidos no CD do SBT, que deve ser lançado no final do ano.

Tão bom quanto rever o time de artistas sumidos da
mídia é matar a curiosidade de saber que rumo deram
às suas vidas quando a fama acabou. Jane e Herondi, o casal que nos anos 70 trocava olhares apaixonados ao cantar a melosa Não se vá, vive até hoje dos direitos dessa canção – mas cada um no seu canto. Mara Maravilha freqüenta os cultos de uma igreja evangélica e
é aluna aplicada num curso de jornalismo. Almir Rogério, autor do clássico Fuscão preto, comanda um time de futebol infantil. A antes fogosa Lady Zu é agora mãe coruja de Lafaiete, Nariane e Fernanda. Todos esses artistas já passaram pelo Rei Majestade.

Silvio Santos aplica no programa a fórmula de entrevistas que o consagrou. Após a performance de Gretchen, por exemplo, conhecida pelos seus requebros e gemidos, Silvio lhe perguntou: “Querida, você sempre teve essa inquietação muscular?” Já para o cantor Agnaldo Timóteo, que agradeceu o apresentador pela oportunidade de “mostrar que está vivo”, Silvio respondeu: “Não me venha com demagogia.” Além de cantar seus hits em playback, os participantes precisam provar se ainda têm força na garganta e se são capazes de afinar em músicas atuais. Em edições anteriores, Sylvinho, de Meu ursinho Blau Blau, interpretou Carla, do LS Jack, e Markinhos Moura, de Meu mel, soltou a voz em O tempo não pára, de Cazuza. Rei Majestade vai para o trono ou não vai? Resposta fácil: já foi.