Patriotismo sem culpa


A Copa do Mundo é o primeiro
grande evento da Alemanha
unificada, sem o muro de Berlim.
Desde a Segunda Guerra Mundial
os alemães não saíam às ruas para tremular bandeiras. “Nossa história não permitia, tínhamos vergonha de dizer que éramos alemães”, disse a ISTOÉ Dieter Kleppsch, professor de artes plásticas. “A Copa está mudando essa postura.” É o que a imprensa local chama de “novo patriotismo”. A Adidas já vendeu um milhão de camisas da seleção de Klinsmann e Klose – diante de 250 mil em 2002. As bandeiras sumiram das prateleiras.

Tá limpo

Os garis da cidade de Leipzig ficaram impressionados com os torcedores da
Coréia do Sul depois do jogo com a França:
eles limparam as ruas por onde passaram. Fizeram a farra e colocaram o lixo em sacos plásticos. Dentro do estádio não deixaram
nada nem debaixo dos assentos.

Futebol arte

Um restaurante em Munique, o Allois Dallmayer, inventou um modo criativo de chamar a atenção: pediu a um artista local que fizesse adaptações
de quadros célebres com referências ao Mundial. Diante das vitrines do lugar, os torcedores riam
da brincadeira. A moça com brinco de pérola,
de Johannes Veermer, se transformou na
torcedora número 1 e o famoso Auto-retrato de
Van Gogh
ganhou um apito na boca e foi batizado de juiz holandês.

Consumidoras no ataque

As mulheres de alguns jogadores ingleses só pensam em torrar dinheiro nas butiques alemãs. A ex-spice girl Victoria Beckham, mulher de David Beckham (foto), gastou 4.395 euros (R$ 12,9 mil) em dez minutos. Ela comandou um grupo formado por Coleen McLoughlin, mulher de Rooney; Melanie Slade, de Theo Walcott; Cheryl Tweedy, de Ashley Cole; e Nancy Dell’Olio, casada com o técnico Sven-Goran Erikisson. Em uma hora incineraram US$ 101 mil – o que dá US$ 1.683 por minuto.

 

A Alemanha é campeã. De robôs

Se o mundo da tecnologia nos ensina algo a respeito do planeta real, é bom irmos nos preparando: a Alemanha conquistou na semana passada, em Dusseldorf, o título mundial da Copa de Robôs. Venceu em 11 categorias, o que lhe deu a medalha de ouro. O segundo lugar ficou com a China, seguida pelo Japão. A RoboCup tem dez anos de tradição. O Brasil nunca ganhou.

Beleza de torcida

Quem faz tanto sucesso quanto as estrelas do time
de Parreira são as torcedoras brasileiras. Bonitas,
estão sempre animadas e bem pouco vestidas, como mostra a foto ao lado, com um ângulo privilegiado de
uma torcedora no Estádio Olímpico de Berlim.