28/06/2006 - 10:00
O que o ator Cary Grant, o escritor Oscar Wilde e Tom Ford, o celebrado estilista
que reergueu a Gucci, têm em comum? A resposta está no pulso. Os três escolheram as abotoaduras como o acessório essencial para dar um toque de classe na vestimenta social. Muito utilizadas na França aristocrática, as abotoaduras sobreviveram à queda da monarquia e ao fim das roupas bufantes. Tornaram-se acessórios indispensáveis no final do século XIX, entraram e saíram da moda no decorrer do século XX e agora voltam com status de jóias aos punhos dos bem vestidos. Feitas de ouro, prata e outros materiais raros, elas podem custar até
R$ 15 mil, caso do Star Diamonds, conjunto mais caro da Montblanc à venda no Brasil. Pela própria necessidade de camisas especiais com punho duplo, que não são facilmente encontradas e, geralmente, têm de ser feitas sob medida, elas ficaram estigmatizadas como acessórios extremamente formais. Não é o caso.
“Isso é um mito. Usar abotoaduras é mais fácil do que todo mundo pensa. Além
de ser chique, é sofisticado e distinto”, afirma Márcio Bisetti, gerente da Montblanc.
O fato de Ford, um ícone do estilo, ser hoje em dia um adepto do acessório
confirma seu ressurgimento. Um conselho: não esqueça de combinar a cor da abotoadura com a do relógio.