Um dos indicadores da dependência química é quando a próxima dose de uma droga já não funciona para dar prazer, mas tão-somente para aliviar a dor psíquica do declínio do efeito da dose anterior. É o poço sem fundo. Nesse poço mergulhou no domingo 24 o estudante Gustavo Napolitano, 22 anos. A droga em questão foi a cocaína (psicoativo da classe dos estimulantes). Sob o efeito dessa substância, mas não exclusivamente por sua causa, Gustavo assassinou a facadas a sua avó Vera Kuhm, 73 anos, e a empregada Cleide Ferreira da Silva, 20, na casa onde morava na zona sul de São Paulo. Gustavo consumiu 26 gramas de cocaína