Um homem sem pátria (Record, 160 págs., R$ 29,90), de Kurt Vonnegut – Quando lançou Timequake, em 1997, o escritor americano de ascendência germânica declarou: “O radinho na minha cabeça parou de transmitir.” Pura balela. Aos 84 anos, Vonnegut mantém o seu bom humor cáustico e afiado nessa reunião de textos curtos – uma espécie de Mark Twain somado a Bernard Shaw. Assim, o autor de Matadouro 5 e Almoço de campeões ainda é capaz de pérolas como “na América as últimas famílias estendidas são as dos índios navajos e os Kennedy”. Ou, “a vida não é uma maneira de se tratar um animal”.