Depois de quatro anos praticamente às moscas, o leasing ganhou novamente a preferência dos compradores de veículos. No primeiro trimestre, o chamado arrendamento mercantil chegou a financiar 16% das vendas das montadoras. Em 2001, essa fatia era apenas de 3%. No primeiro trimestre de 2006, o volume total de novos negócios com leasing no País alcançou R$ 5,8 bilhões. E os contratos de veículos representaram 73,17% do total de bens financiados por este instrumento, a maior parte com prestações prefixadas e prazo médio de 36 meses. O leasing tem algumas diferenças em relação ao tradicional crédito direto ao consumidor. A principal delas é que a propriedade do bem pertence à empresa de leasing, e não ao comprador – que tem, no entanto, o direito de uso. Ao final do contrato, ele pode devolver o bem ou adquiri-lo pelo valor residual (a média do mercado é de 50% do carro). “Quase todas as pessoas optam pela compra do carro”, afirma Rafael Cardoso, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Leasing. Para evitar surpresas, o cliente deve pedir uma simulação do cronograma de pagamento, recomenda o consultor financeiro Gustavo Cerbasi.